Hospital da USP fechará pronto-socorro pediátrico na terça-feira
O Hospital Universitário (HU) da Universidade de São Paulo
(USP) deixará de atender casos de pediatria no pronto-socorro da
unidade, no Butantã, zona oeste da capital, a partir de próxima
terça-feira (21). A USP vinha negociando com a Secretaria Municipal da
Saúde um acordo para que a Prefeitura assumisse o pronto-socorro, mas o
impasse continua. Desde segunda (13), alunos de Medicina da USP estão em
greve contra a redução de atendimentos no HU. Só casos pediátricos de
emergência reencaminhados por outras unidades de saúde serão atendidos
no HU. Há um ano, o pronto-socorro já funcionava somente durante o dia e
fechava à noite. A população que depende da unidade, porém, relata que o
funcionamento do pronto-socorro já é bastante restrito. “Só aquela
emergência seriíssima é atendida. Eles (os funcionários) encaminham quem
vem para cá para a AMA (Assistência Médica Ambulatorial, serviço
municipal). Estive aqui com minha filha na semana passada. Ela estava
com caxumba. Cheguei às 18 horas e, até as 23 horas, não tinha sido
atendida. Até que desisti”, conta a estudante de Enfermagem Daniela dos
Santos, de 38 anos.
A USP havia divulgado a intenção de transferir o PS para a
Prefeitura. Na rede municipal, haveria possibilidade de contratar
médicos rapidamente, por meio dos contratos terceirizados entre a cidade
e Organizações Sociais de Saúde, que administram parte da rede. O
Estado apurou, entretanto, que a proposta não vingou ainda porque a
comunidade acadêmica resistiria às contratações de terceirizados, que
não dão orientação aos alunos.