Presidente da Câmara está ‘mal informado’, diz Jucá
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse
nesta quinta-feira, 21, que o PMDB não tem assediado outros
parlamentares e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está “mal
informado”. Segundo Jucá, o partido – ou o MDB, nome da sigla a partir
de 04 de outubro – é que está sendo procurado porque é “uma marca muito
forte”.
“Não estamos assediando ninguém, ao contrário. Mas a marca
MDB, toda a sua história, todo o trabalho que estamos fazendo de
fortalecimento, reconstrução do partido, com muitos companheiros, é uma
marca muito forte que atrai muita gente”, disse o senador em entrevista à
TV Estadão. “O Rodrigo Maia está mal informado.”
Para Jucá, que é presidente do PMDB, “com o fim das coligações
se consumando”, deputados de partidos pequenos devem buscar abrigo em
legendas maiores. “Vão procurar outros partidos, o PSDB, o PSB…”
O plenário da Câmara adiou de 2018 para 2020 a entrada em
vigor do fim das coligações para as eleições de deputados e vereadores. O
texto inicial, relatado pela deputada Shéridan (PSDB-RR), previa a
medida já para as próximas eleições. Os deputados, no entanto, fizeram
um acordo e aprovaram um destaque do PPS para que a medida comece a
valer depois.
Jucá também comentou a tramitação da segunda denúncia contra o
presidente Michel Temer na Câmara após a decisão do Supremo Tribunal
Federal, que negou o pedido da defesa de suspensão da acusação formal.
De acordo com o senador, Temer e a coordenação política do governo têm
consciência “da inépcia da denúncia”.
Comunicação
Para Jucá, a culpa da impopularidade recorde do presidente é a
comunicação do governo. “Quando a nova lei trabalhista começar a valer
no dia 11 de novembro, o nível de emprego vai aumentar ainda mais. Temos
resultado para mostrar. A impopularidade do presidente se dá pela falta
de boa comunicação do governo, a gente reconhece isso. Depois, pela
distorção do processo de debate e deste tipo de acusação”, afirmou.
O senador peemedebista afirmou ainda que “há uma espécie de
onda contra” o presidente. “Mas a situação econômica estará muito melhor
para o ano e o reconhecimento do governo Michel virá ao final do
governo Michel e não durante o processo de votação.” As informações são
do jornal O Estado de S. Paulo.