EX-PREFEITO É PRESO EM OPERAÇÃO CONTRA CORRUPÇÃO E FRAUDE EM MERENDA NA MATA NORTE DE PERNAMBUCO
Por G1 PE
A Polícia Federal em Pernambuco (PF) prendeu, na manhã desta
quinta-feira (21), o ex-prefeito de Lagoa do Carro Severino Jerônimo da
Silva, conhecido como Jaílson do Armazém. Ele é um dos alvos da
‘Operação Mata Norte’, deflagrada para desmontar uma rede de corrupção e
um esquema de fraude com recursos enviados para compra de merenda
escolar no município, distante 60 quilômetros do Recife. O prejuízo aos
cofres públicos é estimado em R$ 512 mil.
Ao todo, a PF cumpriu nove mandados de prisão preventiva, cinco de
condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento,
bem como 18 de busca e apreensão. As ações ocorreram no Recife, em
Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Cabo de Santo Agostinho, na Região
Metropolitana, além de Lagoa do Carro, Nazaré da Mata e Carpina, na Mata
Norte.
Entre os detidos, de acordo com a PF, estão donos de empresa de
alimentação, um secretário municipal, um advogado. Também foram alvo da
ação pessoas utilizadas para viabilizar as fraudes, os conhecidos
‘laranjas’. Oitenta e cinco policiais federais e dez servidores da
Controladoria-Geral da União participaram da operação.
A ‘Operação Mata Norte’ é parte de uma investigação inciada em julho
de 2017. O trabalho começou com um Relatório de Auditoria da
Controladoria-Geral da União, que relatou denúncias de contratação
fraudulenta por meio de empresas para fornecimento de merenda escolar
para a Prefeitura de Lagoa do Carro, entre 2013 e 2016.
Ficou constatado, segundo a PF, o desvio de recursos públicos federais
decorrentes do Programa de Apoio à Alimentação Escolar na Educação
Básica (PNAE). Havia sobrepreço e superfaturamento nos valores das
licitações para obtenção de vantagem ilícita em detrimento da
alimentação dos alunos. As empresas investigadas atuam em outros
municípios pernambucanos e também são fornecedoras de órgãos estaduais.
Segundo os dados do sistema “Tome Conta” mantido pelo Tribunal de
Contas de Pernambuco (TCE-PE), o montante de recursos públicos
empenhados por entes municipais e estaduais investigadas entre, 2012 e
2017, representa mais R$ de 87 milhões.
Esquema
De acordo com a PF em Pernambuco, a fraude funcionava da seguinte
maneira: processos licitatórios eram montados, dando aparência de
legalidade e de competitividade entre as empresas integrantes do
esquema. Elas se revezavam na contratação com a Prefeitura de Lagoa do
Carro. A PF ressalta que o esquema contava, ainda, com a participação de
políticos, sócios de empresas, empresários, advogado, servidores
públicos, pregoeiros e assessores jurídicos.
Delitos
Todos os presos foram conduzidos para a sede da Polícia Federal, na área
central do Recife. Ele serão indiciados pelos crimes mediante seu grau
de envolvimento e participação. Entre os delitos atribuídos ao grupo
estão: desvio de recursos públicos, fraude em licitação e associação
criminosa.(Copiado integralmente do Blog do Junior Finfa)
