Deputado presidiário
Tão ou mais lamentável foi a
circunstância da participação do deputado Celso Jacob (PMDB-RJ). Ele
encontra-se preso na Papuda, em Brasília, e obteve autorização judicial para
trabalhar de dia no Congresso e se recolher depois das 18h ao presídio. Por
conta da votação, no entanto, que terminou depois das 20h30, ele teve que
chegar mais tarde à cadeia. Surreal, para dizer o mínimo.
Atuando como bedel de colegiais,
o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, dava puxão de orelhas em seus colegas a
cada confusão ou declaração mais exacerbada. “Aqui não existem organizações
criminosas, existem partidos políticos”, afirmou Maia no começo da votação. “É
essa imagem que vocês querem transmitir à opinião pública?”, berrava aos
microfones Maia, enquanto mais uma deprimente confusão irrompia no plenário.