sábado, 5 de agosto de 2017

A SATISFAÇÃO DE VENCER



A segunda chance de Temer… e o circo de horrores

Com a vitória na Câmara, Temer conquistou uma nova oportunidade para reorganizar a base e seguir na aprovação das reformas. Resta saber como se comportará daqui em diante um Congresso que só se move ao sabor de suas conveniências e interesses mais mesquinhos(ISTOÉ).
O presidente Michel Temer ganhou muito mais do que uma sobrevida. Ao vencer o embate no plenário por 263 votos a 227 e mandar para o arquivo a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra ele por corrupção passiva, o governo exibiu musculatura política para reaglutinar as forças no Congresso e conseguir manter-se na trilha da aprovação das reformas necessárias ao País, como a da Previdência, a Tributária e a Política. Por isso, o triunfo na Câmara constituiu mais do que uma simples vitória. Foi a vitória da responsabilidade contra aqueles interessados em manter o País debaixo da névoa oportunista da instabilidade. Tudo para poderem voltar em 2018 na condição de salvadores da Pátria – de araque. “Pela votação que tivemos (263 votos), falta pouco para chegar ao quorum constitucional (308 votos)”, comemorou o ministro Moreira Franco. Ao contrário do que alardeia a oposição, em seu alarido renitente, o governo demonstrou ser capaz de domar as rédeas da governabilidade. A sensação entre os governistas é que Temer, hábil na ação de bastidor e mestre na arte da articulação política, soube medir o pulso do Parlamento conseguindo, com isso, pavimentar o terreno para as próximas batalhas.
FACES DA MESMA MOEDA Rodrigo Maia articulou a favor de Temer, embora ainda sonhasse com o Planalto.
Vencida a primeira etapa, o Planalto já prepara o que internamente chama de segunda fase do governo. Nos próximos dias, serão traçadas metas destinadas a solucionar a crise fiscal – prioridade zero do governo no momento. No campo político, onde todo cuidado é pouco, a ideia é apressar as votações da agenda econômica, estabelecida desde o início do mandato. Evidente, no horizonte, ainda se descortina uma possível segunda denúncia do procurador-geral contra Temer. Mas os aliados do governo calculam que ela virá com um peso bem menor – na verdade, a peça jurídica perde força a cada átimo de tempo, na ritmada contagem regressiva para a despedida de Janot do cargo. Entre os auxiliares do presidente, reina a convicção de que Temer não apenas conquistou um resultado expressivo, ao enterrar a primeira denúncia contra ele formulada pela PGR, como saiu da votação na Câmara muito maior do que entrou.