Delação de Jonas Lopes revela
irritação de conselheiros do TCE com atrasos nas propinas
Segundo o ex-presidente do tribunal, um conselheiro pedia pagamento por
mensagem
Os cinco conselheiros do tribunal presos na semana
passada aceitavam receber as propinas em qualquer lugar e exigiam o pagamento
em datas definidas, de acordo com a delação do ex-presidente do Tribunal de
Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), Jonas Lopes de Carvalho Júnior. As
informações estão no relato do depoimento homologado pela justiça de Jonas
Lopes e seu filho, Jonas Lopes Neto, o Joninhas.
A delação revelou que, em uma das ocasiões, o
conselheiro José Gomes Graciosa enviou, pelo aplicativo de mensagens Whatsapp,
uma marchinha de carnaval em que o refrão era "cadê meu dinheiro?",
para o celular institucional de Jonas Lopes.
Os conselheiros foram presos na última quinta-feira
(29), pela Polícia Federal. Além de José Gomes Graciosa, estão detidos Domingos
Brazão, vice-presidente, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco. O
conselheiro aposentado Aluisio Gama também foi detido. O presidente da corte
deste janeiro, Aloysio Neves, estava em prisão domiciliar.
Jonas Lopes afirmou que recebia cobrança de
pagamento de propinas pelo Whatsapp
Eles são suspeitos de ter recebido propinas de 1%
em editais de obras lançadas no governo do Rio, além de suspeitas de verba da
Federação dos Transportes e até percentual por liberar verbas do fundo do
próprio tribunal.