CPI dos Ônibus do RJ começa nesta terça-feira com
maioria governista
Quatro dos sete membros efetivos votaram pela
revogação da prisão de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. Trio
acusado de receber propina das empresas de ônibus segue preso.
Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro (Alerj) inicia nesta terça-feira (20) os trabalhos da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar supostas irregularidades
no sistema de transporte público do Estado. A CPI dos Ônibus, como ficou
conhecida, será presidida por Eliomar Coelho (PSOL).
Em novembro, a CPI ganhou força política com a
prisão do então presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), e de seu antecessor
Paulo Melo (PMDB), além do também deputado Edson Albertassi (PMDB). Eles são
acusados de receber R$ 131 milhões da Fetranspor, ligada aos empresários de
ônibus.
Logo após a prisão do trio, a própria Alerj
votou pela revogação dos
parlamantares por entender que caberia ao Parlamento acatar — ou não — a
decisão judicial, o que acabou sendo derrubado
pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).
Dos sete integrantes da CPI, quatro votaram pela
revogação das prisões: Gustavo Tutuca e Geraldo Pudim (PMDB), Milton Rangel
(DEM) e Nivaldo Mulim (PR). Os outros três foram a favor da manutenção das
prisões: Eliomar Coelho (PSOL), Martha Rocha (PDT) e Gilberto Palmares (PT).
Na primeira reunião, que ocorre a partir de 10h,
serão escolhidos o vice-presidente e o relator dos trabalhos.