Justiça do DF condena Renan Calheiros à perda do mandato e dos direitos políticos
Senador foi condenado por enriquecimento ilícito e vantagem patrimonial indevida, no caso do pagamento de pensão a uma filha fora do casamento. Ele pode recorrer sem deixar o cargo.
O processo é relacionado ao caso do pagamento de pensão a um filho que Renan Calheiros teve fora do casamento.
Por meio de nota, Renan Calheiros disse que não conhece a decisão, que
está sob segredo de Justiça, mas que, se for confirmada, vai recorrer
com serenidade.
Renan foi condenado por enriquecimento ilícito e vantagem patrimonial
indevida. A defesa do senador pode apelar ao próprio juiz da 14ª Vara
Federal do DF ou ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.
O caso quase tirou de Renan da Presidência do Senado em 2007, depois
que a jornalista Mônica Veloso, com quem ele tinha uma filha fruto de um
relacionamento extraconjugal, denunciou que o senador pagava a pensão
da criança com dinheiro de um lobista da empreiteira Mendes Júnior.
Renan escapou de ter o mandato cassado após ser absolvido em votação em
plenário.
Mas após seis meses de denúncias, o senador Renan Calheiros renunciou
em dezembro de 2007 à presidência do Senado como estratégia para evitar a
cassação do mandato no plenário do Senado pela acusação de ter
sociedade, por meio de "laranjas", com o usineiro João Lyra em duas
emissoras de rádio e um jornal em Alagoas.
Outras investigações
Além de oito inquéritos em que é investigado na Lava Jato, Renan ainda
responde a outros três inquéritos no STF, sendo um da Operação Zelotes –
que apura um esquema de compra de sentenças no Conselho Administrativo
de Recursos Fiscais (Carf) –, um sobre fraudes na construção da
hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e outro sobre movimentação
financeira suspeita.