Temer condecora Raquel Dogde em cerimônia de Ordem do Mérito Aeronáutico
Raquel, assim como os ministros
da Justiça, Torquato Jardim, foi agraciada com a condecoração de
Grande-Oficial. No total, a Força Aérea Brasileira (FAB) entregou na cerimônia
de hoje 196 medalhas da Ordem do Mérito Aeronáutico (OMA) a civis e militares.
Segundo o órgão, trata-se da maior comenda concedida em reconhecimento aos
serviços prestados à FAB e ao País e faz parte das celebrações do Mês da Asa,
quando é comemorado o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira.
Temer não discursou na
cerimônia, mas entregou uma mensagem – que foi lida por um oficial. No texto, o
presidente destacou que a FAB tem buscado avançar em projetos estratégicos para
o Brasil e citou como exemplo o KC-390. “O KC-390, por exemplo, é fruto de
associação bem-sucedida com a Embraer e tem-se mostrado cargueiro-modelo que,
além de reequipar a Força Aérea, contribui para viabilizar novos investimentos
e atrair novas parcerias internacionais”, disse. “Do mesmo modo, o Projeto F-X2
Gripen NG, também conduzido em conjunto com a Embraer, agrega à nossa indústria
aeronáutica conhecimento e tecnologia. Os projetos respondem por novos empregos
de alta qualidade”, completou o presidente.
Na mensagem, Temer salientou
ainda que 2017 tem sido um ano de “grande realizações para a FAB”. “Exemplo
expressivo foi o lançamento do primeiro Satélite Geoestacionário de Defesa e
Comunicações. O novo satélite contribuirá tanto para melhor controle de nosso
território, quanto para a inclusão digital, com uma cobertura de conexão banda
larga maior, melhor e mais segura”, disse.
Temer lembrou ainda que há 111
anos Alberto Santos Dumont, no Campo de Bagatelle, em Paris, realizou o
primeiro voo de uma aeronave autopropulsada. “Foi um momento histórico, que
recordamos sempre com muito orgulho”, disse.
Críticas
A nova PGR, que assumiu há pouco
mais de um mês o comando da instituição no lugar de Rodrigo Janot, tem feito
algumas críticas a condução do executivo. A mais recente diz respeito a
portaria assinada por Temer que determina que só o Ministério do Trabalho pode
incluir empregadores na Lista Suja do Trabalho Escravo.
Raquel classificou a Portaria
MTB nº1129/2017 como um “retrocesso à garantia constitucional de proteção à
dignidade da pessoa humana” e pediu oficialmente para que o governo se
pronuncie e revogue a medida. Depois das críticas da PGR, Temer informou ao
ministro do Trabalho que pode fazer ajustes na portaria, mas apenas depois da
apreciação da denúncia.
Na semana passada, Raquel
afirmou ainda que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) “parece” ter
assumido a posição de líder de uma organização criminosa. Em manifestação
enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de liberdade feito
pela defesa do peemedebista, ela afirmou que a prisão é “imprescindível” para a
continuidade das investigações. O ministro Edson Fachin negou o habeas corpus.
Geddel está preso desde o dia 8
de setembro, quando foram apreendidos R$ 51 milhões em um apartamento em
Salvador, durante a Operação Tesouro Perdido. O ex-ministro estava em prisão
domiciliar – em julho, ele havia sido detido por tentativa de obstrução da
Justiça. A defesa de Geddel disse que vai recorrer à Segunda Turma do Supremo
contra a decisão de Fachin.
A procuradora-geral alegou que
está sob investigação uma “poderosa organização criminosa que teria se
infiltrado nos altos escalões da administração pública, que seria integrada,
segundo indícios já coligidos, por um ex-ministro de Estado e o ex-presidente
da Câmara dos Deputados (Eduardo Cunha)”.