sexta-feira, 1 de setembro de 2017

RENAN, O CORONEL DAS ALAGOAS E UM DOS MAIORES CORRUPTOS DO BRASIL



'Brilho dos holofotes ofusca os olhos e cega a razão', diz Renan em recado a Janot

Alvo de 17 inquéritos, ex-presidente do Congresso subiu à tribuna para criticar atuação do procurador-geral à frente do Ministério Público. Procurada, PGR informou que não se manifestará.

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) subiu à tribuna nesta quinta-feira (31) para fazer um discurso no qual dirigiu diversas críticas ao Ministério Público Federal. Em um recado ao chefe do MPF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Renan disse que o "brilho dos holofotes ofusca os olhos e cega a razão".
Ex-presidente do Congresso Nacional e ex-líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros tem feito frequentes discursos críticos ao Ministério Público.
Alvo de 17 inquéritos no Supremo Tribunal Federal, o peemedebista é investigado em 13 deles por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção que atuou na Petrobras e na Transpetro. Ele nega as acusações.
Além disso, o parlamentar alagoano é réu, na Suprema Corte, por peculato (desvio de dinheiro público).
"Ao senhor Rodrigo Janot e à juventude iracunda que o acompanha, a experiência mostra que o brilho dos holofotes ofusca os olhos e cega a razão. Cega deve ser a Justiça e nunca o ódio, a ambição, a vaidade desmedida."
Procurada pelo G1, a assessoria de Janot informou que não se manifestará sobre o assunto.

'Premiadas delações'

Durante o discurso, de mais de uma hora, Renan também criticou a forma pela qual os acordos de delação premiada, chamados de "premiadas delações", são feitos.
Na avaliação do senador, os investigados são submetidos a "forte pressão psicológica" para denunciar políticos "em troca da impunidade". Para o peemedebista, as delações "estão sendo desvirtuadas".
"Órgãos de persecução penal ergueram uma cena de medo, incitando delações inverídicas em busca da impunidade e eliminando a espontaneidade da colaboração, ao manter réus presos em péssimas condições até delatarem", afirmou.
Sobre os inquéritos dos quais é alvo, Renan se queixou da forma como as investigações são divulgadas.
"Embustes e publicidades opressivas compõem o cenário onde se multiplicam inquéritos a partir de alusões mentirosas, irresponsáveis de delatores premiados, desacompanhados de qualquer franja de prova. Alardeiam que sou investigado 17 vezes no STF, o que não dizem é o que contém nos inquéritos, como foram instaurados e multiplicados", declarou.