Jucá diz que operação da PF é mais um ‘espalhafatoso capítulo de
desmando’
O líder do governo no Senado, Romero Jucá, criticou
nesta quinta-feira, 28, em nota, a operação da PF que teve como alvo seus
filhos Rodrigo de Holanda Menezes Jucá e Marina de Holanda Menezes Jucá, e duas
enteadas, as filhas da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB) – ex-mulher
do senador -, Luciana Surita da Motta Macedo e Ana Paula Surita Motta Macedo.
“Repudio mais um espalhafatoso capítulo de um
desmando que se desenrola nos últimos anos, desta vez contra minha família.
Como pai de família carrego uma justa indignação com os métodos e a falta de
razoabilidade”, afirmou o senador na nota.
E prosseguiu: “Como senador da República, que
respeita o equilíbrio entre os poderes e o sagrado direito de defesa, me obrigo
a, novamente, alertar sobre os excessos e midiatização”.
O senador afirmou ainda, na nota: “Não tememos
investigação. Nem eu nem qualquer pessoa da minha família. Investigações contra
mim já duram mais de 14 anos e não exibiram sequer uma franja de prova. Todos
os meus sigilos, bancário, fiscal e contábil já foram quebrados e nenhuma
prova. Só conjecturas”.
A Operação Anel de Giges deflagrada pela Polícia
Federal em Roraima, em conjunto com a Receita Federal, tem como objetivo
investigar suposta organização criminosa acusada de peculato, lavagem de
dinheiro e desvios de verbas públicas.
Veja a íntegra da nota à imprensa:
“Repudio mais um espalhafatoso capítulo de um
desmando que se desenrola nos últimos anos, desta vez contra minha família.
Como pai de família carrego uma justa indignação com os métodos e a falta de
razoabilidade. Como senador da República, que respeita o equilíbrio entre os
poderes e o sagrado direito de defesa, me obrigo a, novamente, alertar sobre os
excessos e midiatização.
Não tememos investigação. Nem eu nem qualquer
pessoa da minha família. Investigações contra mim já duram mais de 14 anos e
não exibiram sequer uma franja de prova. Todos os meus sigilos, bancário,
fiscal e contábil já foram quebrados e nenhuma prova. Só conjecturas.
Em junho de 2016, foi pedida a prisão de um
presidente de um poder, de um ex-presidente da República e de um Senador com
base em conjecturas. Em setembro agora, por absoluta inconsistência jurídica, o
inquérito foi arquivado. Desproporcional e constrangedor, esse episódio poderia
ter sido evitado. Bem como poderia ter sido evitado o de hoje. Bastava às
autoridades pedirem os documentos anexados que comprovam que não há nenhum
crime cometido.
Recebo essa agressão a mim e a minha família como
uma retaliação de uma juíza federal, que, por abuso de autoridade, já responde
a processo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Tornarei público todos os
documentos que demonstrarão a inépcia da operação de hoje.”