Janot talvez tenha fetiche em mim, afirma Jucá
Estadão Conteúdo
O líder do governo no Senado Federal, Romero Jucá
(PMDB-RR), afirmou em entrevista nesta terça-feira, 29, que o procurador-Geral
da República, Rodrigo Janot, tem uma “fixação” nele e, talvez, até um “fetiche”
no bigode do peemedebista. Para o peemedebista, Janot começou bem na
Procuradoria, mas está deixando o cargo em 17 de setembro de forma
“melancólica”.
“Eu diria que (ele tem), pelo menos, uma fixação.
Ele até deu declaração sobre meu bigode, não sei se é um fetiche, se é alguma
coisa. Portanto, eu diria que não entendo esse comportamento dele”, afirmou
Jucá, em referência à terceira denúncia contra ele apresentada nessa
segunda-feira, 28, por Janot pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro –
dessa vez, com base na delação da Odebrecht.
O senador de Roraima disse estar muito tranquilo,
que não tem nada a dever e nada que o comprometa. “Eu confio na Justiça. Quem
parece que não confia na Justiça é o senhor Rodrigo Janot”, disse. Para Jucá, o
procurador apresentou a nova denúncia “açodadamente” e “intempestivamente”, uma
vez que a investigação que baseia na denúncia ainda não foi concluída. “O
processo está na Polícia Federal”, disse.
Jucá avaliou ainda como “lamentável” a postura do
procurador-geral. “O doutor Rodrigo Janot começou bem, mas está tendo uma
despedida melancólica, lamentável, triste. Acho que não dá para querer se
transformar em justiceiro, passar por cima da Justiça e tentar fazer uma ação
deliberadamente contra a política brasileira. Acho lamentável, mas respeito a
posição dele”, afirmou o peemedebista.