Publicado em Notícias
por Nill Júnior
em 28 de agosto de 2017
Dúvidas
de que empresa honre compromissos do chamado consórcio com contemplação
premiada apos “suspensão temporária” foi levantada por clientes no Debate das
Dez
O Debate das Dez da Rádio Pajeú de hoje tratou da
polêmica envolvendo a suspensão temporária das atividades da Eletropetromotos, após a carta da empresa, anunciando a
reestruturação “do modelo de negócio” sob alegação de que “precisa ajusta-lo às
novas exigências da legislação”.
A empresa trabalhava com o sistema de venda
contemplada, em que o cliente do consórcio, quando sorteado, recebia a moto e
não pagava mais parcelas. Para manter o equilíbrio do processo, era necessário
substituir o contemplado por um novo cliente. Recentemente, aumentaram as
queixas de contemplados que não haviam recebido os bens de toda a região.
No Debate das Dez desta segunda-feira (28) o
representante da empresa em Afogados da Ingazeira, Gilberto Silva, o Guarda
falou sobre o anuncio e das consequências para quem vinha pagando as prestações
ou já havia quitado todas as parcelas e ainda não recebeu o bem acordado em
contrato. Também participou o advogado Airton Souza, com orientações para quem
eventualmente se sentiu lesado.
Gilberto explicou a história de sua chegada
na história e deixou claro que sua participação não tem qualquer percentual de
participação na empresa e sim como comissionado por vendas. “Comecei criando
meus próprios grupos, trabalhando de forma independente. Só me reportava ao
José Ildo”, disse Gilberto, referindo-se a José Ildo da Silva, dono da empresa.
Ele disse que não percebeu que os negócios não
andavam bem. “Eu não consegui enxergar a situação do que vinha acontecendo,
porque até então eu via crescimento, eu levei a empresa ao patamar de 39
grupos”, disse Gilberto.
Gilberto apresentou relatórios de caixa da empresa,
que provam que era repassado cem por cento do dinheiro arrecadado para José
Ildo, retirando apenas sua comissão. “Sempre passava o dinheiro arrecadado para
ele (José Ildo), porque eu não tenho participação na empresa, eu não tenho vínculo
empregatício, eu sou comissionado”, esclareceu Gilberto. Com base nos números
apresentados por Gilberto, estima-se que em alguns meses o valor repassado
passou de R$ 300 mil.
Também revelou que no bom momento da empresa, José
Ildo investiu o dinheiro apurado em imóveis. “Eu não sei o motivo pelo
qual ele resolveu investir ai dessa maneira, em terras, prédios. Pode ser que
para que quando chegasse o momento das quitações ele ter de onde quitar. Só que
ele alega que devido a essa crise, não está conseguindo vender nada, mas
patrimônio ele tem”, afirmou Gilberto.
Outra representante conhecida da empresa, Aldenice
do Mandacaru, mostrou uma confiança de que a questão será resolvida que
surpreendeu até os presentes ao estúdio. Em suma, disse que o responsável pela
empresa, José Ildo é pessoa honrada e resolverá as pendências. Por telefone, a
produção do programa contatou o telefone disponibilizado pela empresa. Ouviu do
funcionário Rogério Oliveira a informação de que levará ao proprietário o
pedido para que ele se pronuncie na emissora. São oferecidos o
email eletropetro@outlook.com e o fone (87) 3861-5952 para dúvidas.
O advogado Ayrton Tavares disse que todos os
clientes lesados tem direito a um processo na esfera cível, pedindo indenização
e danos morais, e também devem ingressar com queixa crime, para que se apure
também na esfera criminal. A interrupção em si, já é uma evidência de
rompimento do contrato, que previa 45 dias para entrega do bem. “Busquem a
empresa e se perceberem que serão lesados”, devem buscar a justiça. Segundo
ele, a legislação é clara quanto ao direito em situações como essa, quando
inicialmente é acionada a empresa e por conseguinte seus titulares, cujo
patrimônio pode ser utilizado para as indenizações. Ele alertou os representantes
comerciais para o fato de que também podem solidariamente ser
responsabilizados.
Durante o programa, dezenas de ouvintes entraram ao
vivo para cobrar um posicionamento da empresa quanto aos bens a receber ou
parcelas já pagas. Também buscaram orientação jurídica do advogado para
ingresso na justiça. “Sou cliente de Aldenice, não fui
contemplada, falta pagar uma parcela. A achei muito tranquila. Será que
é pra pessoas não pressionarem ela?” – perguntou Socorro Silva. ”Terminei
no mês de junho com 60 parcelas. Quero receber o meu dinheiro”, reclamou
Lourdes Silva do São Francisco, dentre inúmeros outros.(Reproduzido integralmente do blog do Nill Júnior)