Avaliação
Temer tem a pior aprovação desde o fim da ditadura, diz Ibope.
Instituto
aferiu que apenas 5% da população considera seu governo bom ou ótimo, índice
inferior ao de José Sarney em 1989
Em trajetória descendente há
meses, a popularidade de Michel Temer
chega a 5%, porcentagem inferior ao índice mais baixo medido pelo Ibope desde o
fim da ditadura. Nos levantamentos do instituto, o presidente mais mal avaliado
na série histórica foi José Sarney. Em 1989, ano de inflação descontrolada e
crise econômica, a popularidade do ex-presidente alçado ao poder pelo
Congresso, assim como Temer, era de 7%.
A pesquisa Ibope divulgada nesta
quinta-feira 27 revela que a rejeição a Temer atingiu 70%. Para 21%, o governo
é regular. Na comparação com o governo de Dilma Rousseff, 52% dos entrevistados
afirmaram que o peemedebista é pior que a ex-presidenta. Apenas 11% consideram
seu governo superior ao da petista. Para 35%, é igual. As perspectivas da
população em relação ao futuro da administração são ruins ou péssimas para 65%,
regulares para 22%, e ótima ou boas para 9%.
A pior avaliação de Dilma
durante seu segundo mandato ainda é superior à popularidade de Temer medida
recentemente. No fim de 2015, em meio à tentativa de aplicar o ajuste fiscal,
Dilma tinha 9% de aprovação, de acordo com o Ibope. A rejeição à petista na
ocasião era igual a de Temer: 70%. Antes do impeachment, o Ibope aferiu que
Dilma era aprovada por 13%.
No levantamento, também foram
elencados 15 temas mais lembrados pelos entrevistados. Entre todos os assuntos,
apenas um não envolve diretamente Temer: a condenação de Lula por Moro. Os
temas mais lembrados pela população são desemprego, pedido de impeachment do
peemedebista, liberação de verbas para
parlamentares votarem a favor do presidente crise política nacional, prisão de Rodrigo Rocha
Loures, entre outros.
Nas capitais, a desaprovação de
Temer chega a 86%. No interior, é de 69%. Entre as famílias mais pobres, com
renda de até dois salários, a rejeição a Temer chega a 72%. A aprovação do
presidente é mais alta entre aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos:
22% dos entrevistados avaliam seu governo como ótimo ou bom.(Fonte: CARTA CAPITAL)