Congresso tenta manter votações na semana em que STF decide prisão de Aécio
Ritmo na Câmara e no Senado pode diminuir em razão das festas juninas. Comissão do Senado deverá votar reforma trabalhista na próxima terça-feira.
A Câmara
e Senado vão tentar manter as votações de projetos considerados importantes
pela base governista em uma semana incomum em Brasília.
Na próxima terça-feira
(20), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar duas
ações relacionadas ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), presidente
licenciado do partido.
Uma delas, apresentada
Procuradoria-Geral da República (PGR), é um pedido de prisão do tucano.
A outra é um recurso da
defesa de Aécio para reverter o seu afastamento das atividades parlamentares, determinado
pelo ministro Edson Fachin no dia 18 de maio.
Senadores vão
acompanhar os desdobramentos desses julgamentos, uma vez que, caso o pedido de
prisão seja acolhido pela Corte, a Constituição prevê que o Senado se reúna
para decidir se mantém, ou não, a prisão.
Os festejos juninos são
outro fator que pode dificultar as votações no Congresso. Tradicionalmente,
nesta época do ano, a presença de parlamentares diminui na Câmara e no Senado.
Reforma trabalhista
Apesar disso, a
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado tem um compromisso importante na
próxima terça. Está prevista a votação, no colegiado, da proposta que altera as
regras trabalhistas.
O projeto já foi
aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, se for aprovado pela
CAS, será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Pelo calendário de
análise do projeto, o texto será votado pelo plenário do Senado no dia 28 de
junho.
Já a pauta de votações
da Casa possui algumas propostas de alterações à Constituição. É o caso do
texto que acaba com a prescrição dos crimes de estupro e do projeto que reduz a
idade mínima para uma pessoa poder assumir as funções de governador e
vice-governador.
Câmara
Já o plenário da Câmara
pode votar um projeto que altera o Código Penal para estabelecer pena de
detenção de até dois anos para casos de assédio moral no trabalho.