Indiferença
de pedestres e motoristas com profissionais da limpeza é resultado da
desigualdade social no país, afirma psicanalista
Valdo
Luís Marques, de 51 anos, trabalha há 16 anos como gari no Rio de Janeiro. Sabe
bem que, apesar do laranja berrante, o uniforme da Companhia Municipal de
Limpeza Urbana (Comlurb) funciona como uma capa de invisibilidade. Os
profissionais que o vestem deixam de ser notados por boa parte dos pedestres e
motoristas, ainda que desempenhem um trabalho fundamental para a cidade.
Marques acredita que essa indiferença resulta de uma série de equívocos sobre a
atividade — cuja importância é comemorada neste 16 de maio, o Dia do
Gari.
OPINIÃO: A profissão de gari, também chamada de coletor de lixo ou varredor de rua, é muito pouco valorizada no Brasil como um todo, imagine nos pequenos municípios. Enquanto Vereador de Tuparetama, fui defensor dos Garis, inclusive, apresentando Projeto para o Executivo Municipal que atendesse a Jornada de Trabalho de 06 horas (hoje é Lei), fixação do Salário acima do mínimo e pagamento de insalubridade (também é Lei). Sem o devido reconhecimento por parte dos gestores, principalmente em Tuparetama, os Garis são "usados" como ferramentas de cabides de emprego, muitas vezes explorados com horas extenuantes de trabalhos, sem o uso de EPI - Equipamentos de Proteção Individual -, sem protetor solar, sem receber insalubridade e mesmo reconhecendo que tem seus direitos trabalhistas burlados, omitem-se nas exigências e submetem-se ao sofrimento pela necessidade de receber, apenas e tão somente um salário mínimo, evidentemente descontados as cobranças de impostos mensalmente.
É necessário que os poderes fiscalizadores e aplicadores da Lei, não sejam apáticos ao ponto de, sabedores dos direitos atinentes aos Garis, fujam das suas responsabilidades e não cobrem dos gestores o cumprimento das Normas relativas aos Garis.
Pergunto: OS GARIS DE TUPARETAMA ESTÃO RECEBENDO QUANTO DE INSALUBRIDADE?
