sábado, 21 de abril de 2018

SENADOR ROMERO JUCÁ, COMO AÉCIO NEVES, MERECE A DEVIDA PUNIÇÃO PELOS SEUS INESCRUPULOSOS ATOS NA POLÍTICA


 PGR pede prorrogação de 60 dias no inquérito que investiga Jucá

O inquérito havia sido arquivado em junho de 2010 pelo ministro Gilmar Mendes

Em manifestação enviada na quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pede a prorrogação pelo prazo de 60 dias para a conclusão da investigação que tem como alvo o senador Romero Jucá (MDB-RR). O emedebista é investigado pela suposta prática dos crimes de falsidade ideológica, desvio de contribuições previdenciárias e crimes contra a ordem tributária.
O inquérito apura se o senador é sócio oculto da TV Caburaí, afiliada à Rede Bandeirantes em Roraima, e eventuais repasses de recursos em benefício de Jucá, por meio da empresa Uyrapuru Comunicaçãoes e Publicidade, gestora da rede de televisão de Boa Vista, capital do Estado.
Após o levantamento de sigilo bancário da empresa em 2017, relatório do Ministério Público Federal apontou que não foram identificados pelas instituições financeiras os principais beneficiários dos recursos movimentados nas contas bancárias da Uyrapuru, bem como os principais depositantes dos valores em espécie nessas contas.
Raquel pede a identificação do proprietário, matrícula e registro do imóvel sede da Uyrapuru, em Canarinho, Boa Vista (RR). “Tem-se que tal informação pode ser útil à identificação dos reais responsáveis pela gestão da empresa”, justificou Raquel em seu primeiro pedido, em janeiro.
A determinação da procuradora-geral acompanha o pedido do delegado da Polícia Federal Severino Moreira da Silva, que, em março, solicitou prorrogação pelo prazo de dois meses para a continuidade das investigações pendentes e realização de outras diligências que se fizerem necessárias.
O inquérito havia sido arquivado em junho de 2010 pelo ministro Gilmar Mendes por não ter sido requerido pelo então procurador-geral da República perante o Supremo e tendo em vista que não houve conclusão de procedimento administrativo fiscal.
À época, o ministro não verificou a existência de elementos suficientes que permitissem a abertura de inquérito judicial contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR), sua esposa e quatro filhos.