sábado, 24 de março de 2018

MICHEL TEMER, EM DOIS TEMPOS. SEM APOIO E MENTINDO

‘Eu não serei candidato’ à reeleição, diz Temer

Presidente declara que não vai tolerar sair do cargo ‘como um sujeito corrupto’



BRASÍLIA — O presidente da República, Michel Temer, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes que não será candidato à reeleição em 2018. (O GLOBO - 23/02/2.018).




Não. Tenho dito reiteradamente. As circunstâncias é que ditam a conduta. Eu não serei candidato.
Ele também refutou que a medida de decretar intervenção federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro tenha tido cunho eleitoreiro.

— A intervenção na segurança do Rio de Janeiro é uma jogada de mestre, mas nada eleitoral. Eu sou candidato a fazer um bom governo — respondeu.

Depois disso, passou a pontuar as realizações de seu governo, nas áreas da economia e da educação.

Por fim, declarou que não vai tolerar "sair da Presidência como um sujeito corrupto". E argumentou que ficará até o fim de seu mandato trabalhando também para defender sua biografia porque se não "em determinado momento isso pega".


Candidatura insinuada

Apesar da negativa quanto a sua candidatura, Temer já acionou o Palácio do Planalto, que está pedindo a todos os ministérios uma relação completa de realizações, possíveis inaugurações e anúncios de balanços positivos para que o presidente possa “faturar” com as ações. O governo iniciou também uma campanha publicitária para dizer que “vai tirar o Rio de Janeiro das mãos da violência”

Exclusivo: Temer assume candidatura à Presidência (ISTO É - 23/03/2.018)

O presidente da República, Michel Temer, está definitivamente decidido a defender seu legado e reputação na campanha eleitoral. A opção pela busca da reeleição é recente – “de um mês e meio para cá”, disse Temer em entrevista exclusiva à ISTOÉ concedida na quarta-feira 21, no Palácio da Alvorada. Até então, ele vislumbrava um futuro mais prosaico: voltar para casa, cuidar da família, da mulher Marcela e do filho caçula Michelzinho, deixando de vez a política. A guinada de 180 graus de opinião ocorreu diante da perspectiva de adversários políticos partirem à corrida eleitoral deste ano com o propósito de atacá-lo moralmente e desconstruir o que ele fez. “No Brasil, sempre foi assim: quando um governo substitui outro, quer acabar com o que o governo anterior deixou”, afirma. Temer almeja outro destino para ele e para o País. No que chama de “legado”, lista conquistas como o teto de gastos, a reforma trabalhista, a queda dos juros e da inflação a níveis historicamente nunca alcançados e até a não aprovada reforma da Previdência.
São essas “transformações” que o presidente quer levar adiante ou ao menos empunhar como bandeira na “tribuna” eleitoral. As idéias estão condensadas num programa intitulado “Ponte para o futuro 2”. Ainda em gestação por um grupo de intelectuais do MDB e pela Fundação Ulysses Guimarães, trata-se de uma versão atualizada da proposta apresentada quando ele era vice-presidente, como sugestões partidárias para o País.