segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

DE OLHO NOS EVANGÉLICOS

  • Partidos em disputa pelo capital político dos evangélicos para 2018

  • Número de membros da religião saltou 61% em dez anos e criou um estoque de barganha eleitoral aos pastores

  • Dois meses antes das eleições mais acirradas da história brasileira, a mandatária máxima do país e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), uma ex-guerrilheira que já deixou escapar sua visão agnóstica, se deslocou de Brasília até São Paulo para assistir a um culto evangélico de quase três horas. A exposição foi marcada pela fala de um pastor, que contou sobre a época em que fumava "até cem pedras de crack por noite". "O vício é um espírito, um encosto, que domina o sistema nervoso", explicava ele, já "curado pela fé", diante de uma plateia que, além de Rousseff, reunia a nata do poder brasileiro: o então vice-presidente Michel Temer, ministros, o governador e o prefeito de São Paulo e os membros mais importantes do parlamento do país

  • Naquele julho de 2014 eles participavam da inauguração do Templo de Salomão, a mega-igreja de 100.000 metros quadrados com capacidade para receber até 10.000 fiéis construída no centro da maior capital do país pelo bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus. A IURD, sigla pela qual é conhecida, é uma das principais expoentes da religião evangélica, doutrina que mais cresce no Brasil. Estava ali, naquela convenção suprapartidária, o retrato fiel da importância política que os evangélicos adquiriram no país nos últimos anos. Ninguém pode correr o risco de desagradá-los, de olho em um apoio para as próximas eleições. (Fonte: EL PAIS)