Após se apresentar à PF, 15º preso na Operação Torrentes vai para o Cotel
G1 PE
O
último dos 15 mandados de prisão preventiva da Operação Torrentes, que
investiga desvios que podem chegar a até 30% em contratos que totalizam
R$ 450 milhões para compra de colchões, filtros de água e comida para
flagelados de enchentes na Zona da Mata Sul de Pernambuco neste ano e em
2010, foi cumprido nesta sexta-feira (10), um dia depois da deflagração
da ação pela Polícia Federal (PF).
Por
volta das 11h, Ítalo Henrique Silva Jaques se apresentou, na sede da
corporação, no Bairro do Recife, área central da cidade, acompanhado de
um advogado.
Após ser
interrogado, ele foi levado para uma audiência de custódia na Justiça
Federal, no bairro do Jiquiá, na Zona Oeste da capital pernambucana. Em
seguida, foi encaminhado para o Centro de Observação Criminológica e
Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande
Recife, em cumprimento à ordem de prisão temporária pelo prazo de cinco
dias. A decisão foi da juíza titular da 36ª Vara, Carolina Souza Malta.
Nas
audiências de custódias realizadas na Justiça Federal na segunda-feira
(9), a juíza havia decidido enviar para o mesmo local outros sete presos
na Operação Torrentes: Antônio Manoel de Andrade Junior, Antônio
Trajano da Rocha Neto, Heverton Soares da Silva, Ricardo Henrique Reis
dos Santos, Ricardo José de Padilha Carício, João Henrique dos Santos e
Daniel Pereira da Costa Lucas. As três mulheres presas — Roseane Santos
Andrade, Taciana Santos Costa e Rafaela Carrazzone da Cruz Gouveia
Padilha — seguiram para a Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho
do Meio, na Zona Oeste da cidade.
Com relação
aos quatro militares presos nessa operação da PF, três deles foram
levados para a Academia da Polícia Militar, em Paudalho, na Zona da Mata
Norte de Pernambuco: os coronéis Fábio de Alcântara Rosendo e Roberto
Gomes de Melo Filho, além do coronel aposentado Waldemir José
Vasconcelos de Araújo.
O quarto
militar julgado, o tenente-coronel Laurinaldo Félix do Nascimento, fica
preso em regime domiciliar, com monitoramento através de tornozeleira
eletrônica, devido um procedimento médico em hospital particular
previamente marcado. Todos eles em cumprimento à ordem de prisão
temporária pelo prazo de cinco dias.