Ministro do Turismo trocará PMDB por PSD para viabilizar candidatura ao
senado
O ministro do Turismo, Marx Beltrão, vai deixar o
PMDB e se filiar ao PSD. A mudança faz parte da estratégia do ministro, que
hoje é deputado federal licenciado, para viabilizar a candidatura dele ao
Senado em 2018. Ele quer disputar o pleito na chapa do governador de Alagoas,
Renan Filho (PMDB), e do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que tentarão
reeleição para seus respectivos cargos.
Beltrão e seu grupo político são aliados do clã
Calheiros em Alagoas há muitos anos. No entanto, se o ministro continuasse no
PMDB, a chapa majoritária encabeçada por Renan Filho teria de ser “pura”, ou
seja, formada apenas por pessoas de um mesmo partido. Isso dificultaria a
negociação dos peemedebistas com outros legendas aliadas no Estado, em busca de
apoio político para o pleito.
A ida de Beltrão para o PSD teve aval do ministro Gilberto
Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), que comanda a legenda.
A negociação começou há cerca de um ano. Já como parte da estratégia para
migração, o irmão de Beltrão, Maykon Beltrão, se filiou ao PSD e assumiu a
presidência estadual da legenda no início deste ano. Até então, Maykon era
filiado ao PMDB, como o irmão. Procurado, o ministro Marx Beltrão não quis se
pronunciar.
A filiação do ministro do Turismo ao PSD deve
ocorrer na próxima janela para troca de partido sem risco de perder o mandato,
prevista para março de 2018. Além de Beltrão, o PSD ganhará mais um ministro. O
titular do Meio Ambiente, Sarney Filho, vai deixar o PV e se filiar à legenda
de Kassab, como antecipou o Estadão/Broadcast em agosto. Deputado licenciado,
ele quer se candidatar ao Senado pelo Maranhão. Como vão se candidatar, os três
ministros terão de deixar os ministérios no fim de março.
Adversários. A chapa do clã Calheiros e Marx
Beltrão em Alagoas vai concorrer com a do grupo do ministro dos Transportes, Maurício
Quintella (PR). Também deputado federal licenciado, Quintella quer tentar uma
vaga no Senado nas eleições de outubro do próximo ano, em aliança com o senador
Benedito Lira (PP-AL). A chapa seria encabeçada pelo atual prefeito de Maceió,
Rui Palmeira (PSDB), que disputaria o governo.