terça-feira, 24 de outubro de 2017

O CHAFURDO POLÍTICO E A ESPERANÇA DE MAIS UMA VEZ "NADA"



Para Maia, Câmara precisa encerrar nesta quarta votação da denúncia contra Temer

Oposição quer impedir quórum mínimo para realizar a sessão; presidente da Câmara diz respeitar estratégia, mas afirmou que tema 'precisa acabar o mais rápido possível'.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (24) que está focado em conduzir a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer de modo a encerrá-la até a noite desta quarta (25).
Ele disse respeitar a estratégia da oposição de tentar adiar a decisão – que poderá autorizar ou não o prosseguimento do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) –, mas defendeu que o assunto na Casa termine o “mais rápido possível”.
“A denúncia é uma prioridade do Brasil, o Brasil precisa, a Câmara precisa encerrar amanhã esse assunto, com qualquer resultado que seja. Então eu estou muito focado na condução da votação, porque a gente sabe que a oposição vai trabalhar para tirar quórum e acho que para o Brasil o melhor caminho é que a gente possa encerrar essa votação na noite de amanhã”, afirmou, após evento no Tribunal Superior Eleitoral.
Para dar início à votação, é preciso a presença de ao menos 342 dos 513 deputados no plenário. Numa reunião secreta, a oposição comunicou a Maia que tem 200 deputados dispostos a se ausentarem da sessão e impedir assim impedir a votação.
A estratégia da oposição é arrastar o andamento do processo na Casa para criar um desgaste maior ao governo Temer. Durante a votação da primeira denúncia, a oposição tentou colocar em prática estratégia semelhante, mas não obteve sucesso.
“Eu vou cumprir meu papel. A oposição está cumprindo o dela e é legítimo também. Mas eu desde a primeira denúncia tenho dito: esse é um tema precisa dentro dos prazos legais, regimentais, precisa acabar o mais rápido possível. Mas eu respeito a estratégia da oposição, que é cobrar da base o quórum necessário para a votação. É uma estratégia e tem que ser respeitada”, disse Maia.