quinta-feira, 26 de outubro de 2017

"DEPOIS DA CHUVA, A BONANÇA". O POVO PAGARÁ A CONTA DOS ACORDOS ESCUSOS



Com denúncia rejeitada, governo quer aprovar reforma da Previdência ainda neste ano, diz Padilha
Câmara rejeitou nesta quarta enviar ao STF a denúncia contra Temer, Padilha e Moreira. Reforma foi enviada em 2016 e já foi aprovada por uma comissão; falta votação no plenário.
Depois de barrar no plenário da Câmara o prosseguimento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, o governo retomará as articulações em torno da reforma da Previdência. Segundo o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o objetivo é aprovar a proposta ainda neste ano no Congresso Nacional.
A reforma foi enviada pelo governo em dezembro do ano passado. As mudanças já foram aprovadas por uma comissão da Câmara, mas o plenário da Casa ainda precisa analisar as propostas. Em seguida, caberá ao Senado discutir a reforma da Previdência.
"Queremos aprovar a reforma da Previdência ainda em 2017", afirmou Eliseu Padilha ao G1, logo após a Câmara rejeitar a denúncia.
Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já avaliou, nesta quarta, que Temer precisa refletir e avaliar como "restabelecer" a base e conseguir aprovar os projetos de interesse.

Denúncia da PGR

Padilha está entre os denunciados e, com a decisão da Câmara, o Supremo ainda tem de definir o que fazer em relação ao processo contra ele e o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral).
Isso porque a acusação contra Temer ficará parada enquanto o presidente estiver no mandato. Mas ainda não há definição sobre quando a denúncia contra Padilha e Moreira poderá ser analisada: se quando eles deixarem os cargos ou se quando Temer deixar o mandato.
A PGR acusou Temer de ter cometido os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. Padilha e Moreira, de organização criminosa.
A procuradoria diz que o grupo do PMDB ao qual eles pertencem atuou em estatais, na Câmara e em ministérios para obter propina. As defesas dos três negam as acusações.