Com denúncia rejeitada, governo quer aprovar reforma da Previdência
ainda neste ano, diz Padilha
Câmara
rejeitou nesta quarta enviar ao STF a denúncia contra Temer, Padilha e Moreira.
Reforma foi enviada em 2016 e já foi aprovada por uma comissão; falta votação
no plenário.
Depois
de barrar no plenário da Câmara o
prosseguimento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, o governo
retomará as articulações em torno da reforma da Previdência. Segundo o ministro
da Casa Civil, Eliseu Padilha, o objetivo é aprovar a proposta ainda neste ano
no Congresso Nacional.
A reforma foi enviada
pelo governo em dezembro do ano passado. As mudanças já foram aprovadas por uma comissão da
Câmara, mas o plenário da Casa ainda precisa analisar as propostas. Em seguida,
caberá ao Senado discutir a reforma da Previdência.
"Queremos aprovar
a reforma da Previdência ainda em 2017", afirmou Eliseu Padilha ao G1,
logo após a Câmara rejeitar a denúncia.
Mas o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já avaliou, nesta quarta, que Temer precisa
refletir e avaliar como "restabelecer" a base e conseguir aprovar os
projetos de interesse.
Denúncia da PGR
Padilha está entre os
denunciados e, com a decisão da Câmara, o Supremo ainda tem de definir o que fazer em relação ao
processo contra ele e o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral).
Isso porque a acusação
contra Temer ficará parada enquanto o presidente estiver no mandato.
Mas ainda não há definição sobre quando a denúncia contra Padilha e Moreira
poderá ser analisada: se quando eles deixarem os cargos ou se quando Temer
deixar o mandato.
A PGR acusou Temer de
ter cometido os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. Padilha
e Moreira, de organização criminosa.
A procuradoria diz que
o grupo do PMDB ao qual eles pertencem atuou em estatais, na Câmara e em ministérios para
obter propina. As defesas dos três negam as acusações.