O Palácio do Planalto deflagrou na noite de
terça-feira uma operação para garantir o quórum necessário de 342 deputados
para iniciar a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, marcada
para esta quarta (25).
Integrantes de partidos da base aliada que devem
votar contra Temer receberam apelo do governo para garantir presença,
independentemente do voto.
Para reforçar a pressão, deputados foram avisados
que basta a presença para pleitos junto ao governo serem atendidos. A reação do
governo foi intensificada com a mobilização da oposição para
estimular ausências e esvaziar o quórum.
No Palácio do Planalto, foi bem recebida na noite
de terça-feira a declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que defendeu
que o assunto na Casa termine o "mais rápido
possível".
A declaração de Maia acontece um dia depois que,
numa reunião secreta, integrantes da oposição avisaram para o presidente da
Câmara que tinham 200 deputados para impedir a sessão.
A sessão desta quarta
A sessão será aberta com ao menos 51 deputados na
Câmara. A discussão poderá ser encerrada com a aprovação de um requerimento,
com o registro de presença de ao menos 257 deputados.
Mas a votação só pode ser iniciada com ao menos 342
deputados em plenário. Esse é o número mínimo de votos necessários para
autorizar o Supremo Tribunal Federal a abrir processo contra o presidente.