Delações da Odebrecht: Eduardo Campos é citado em
depoimento sobre propina em obra de presídio
Delatores afirmam que ex-governador de Pernambuco
teria, em 2012, solicitado auxílio para a construção do Centro Integrado de
Ressocialização, em Itaquitinga. Prefeito Geraldo Julio é citado.
O ex-governador de Pernambuco Eduardo
Campos (PSB), morto
num acidente de avião em 2014,
aparece em delações da empresa Odebrecht que citam políticos incluídos na lista
enviada pela Procuradoria-Geral da República ao ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo
Tribunal Federal (STF). De acordo com a petição 6.706, o
ex-presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) solicitou à
empreiteira, em 2012, apoio por parte do grupo para auxiliar na construção do
Centro Integrado de Ressocialização, no município pernambucano de Itaquitinga. Na mesma
petição, há citação ao prefeito do Recife, Geraldo Julio, do mesmo partido.
Por telefone, a assessoria do PSB nacional
informou ao G1 que
se pronuncia exclusivamente sobre a lista de Fachin por meio de nota divulgada
na quarta (12). De acordo com o texto, o partido alega apoiar a quebra do
sigilo das delações dos executivos da Odebrecht e reafirma a confiança em todos
os filiados mencionados na lista.
"O PSB reafirma, ainda, sua solidariedade à
família do nosso ex-presidente nacional Eduardo Campos, citado sem condições de
se defender, e declara sua decisão de atuar em todas as instâncias para que seu
nome e sua honra jamais sejam maculados", diz a nota.
De acordo com o texto, os delatores Marcelo Bahia
Odebrecht, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Benedicto Barbosa da
Silva Júnior afirmam que o auxílio financeiro foi solicitado por Campos, à
época governador de Pernambuco, por meio da DAG Construtora Ltda. Houve, ainda,
solicitação de pagamento para a campanha do ex-governador à presidência.
Os delatores ainda afirmaram que o colaborador
Luiz Eduardo da Rocha Soares apresenta um documento no qual aponta o pagamento
de R$ 500 mil a Geraldo Julio (PSB), candidato à prefeitura do Recife e apoiado
por Eduardo Campos.
O G1 entrou
em contato com a assessoria de imprensa do prefeito do Recife, que não quis se
pronunciar nesta quinta (13), alegando que a posição sobre o caso já havia sido
dada anteriormente. (Fonte G1 PE)