Falta de votos
fez governo Temer recuar em 10 pontos da reforma da Previdência
Mesmo com alterações, deputados avaliam
que versão ainda está longe da considerada ideal para aprovação e preocupado com o risco de não conseguir votar a
reforma da Previdência, o presidente Michel Temer cedeu ainda mais à pressão
dos deputados.
Em busca dos mais de 200 votos
que lhe faltam na Câmara dos Deputados, o Governo
Michel Temer cedeu e
fez novas alterações para tentar aprovar sua reforma da Previdência. A mais significativa foi a de estabelecer como 62 anos a
idade mínima para mulheres se aposentarem, uma redução de três anos da proposta
enviada ao Legislativo. Para os trabalhadores do sexo masculino, a idade mínima
para se aposentar pela Previdência Social será de 65 anos. Ambos terão de contribuir
para o Instituto Nacional de Seguro Social ou para os regimes estatais por ao
menos 25 anos.
O
esforço de tornar mais palatável e menos custosa politicamente a reforma para
sua base aliada tem um motivo: o Planalto tem recebido sinais claros das dificuldades
para passar seus projetos na Câmara. Nesta terça-feira, houve uma derrota
importante num teste de força estimulado pelo próprio Planalto. Ministros de
Temer sugeriram aos deputados de sua base que colocassem em votação um
requerimento para antecipar a análise da reforma trabalhista pelo plenário
atropelando a comissão especial que trata do assunto. Perdeu. A base governista
não conseguiu aprovar o requerimento de urgência. Eram necessários
257 votos favoráveis, mas o requerimento obteve apenas 230 votos e 163 contrários