Adriana Ancelmo é levada para prestar depoimento em Curitiba
Agentes da
Polícia Federal buscaram a mulher do ex-governador Sérgio Cabral em seu
apartamento no Leblon por volta das 5h. Ela prestará depoimento ao juiz Sérgio
Moro. (Fonte G1)
Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio
Cabral, deixou seu apartamento no Leblon, na Zona Sul do Rio, por volta das
5h30 desta quinta (27), onde cumpre prisão domiciliar. Ela foi denunciada por
corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Adriana e Sérgio Cabral
vão prestar depoimento para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba, no início da tarde
desta quinta. A expectativa é que o embarque do casal aconteça às 8h. Cabral é
réu em seis processos da Lava Jato.
Adriana Ancelmo chegou a ser retirada de casa nesta quarta (26) para
ser levada para Curitiba. No entanto, um problema técnico no avião, segundo a
GloboNews, adiou a viagem e a ex-primeira-dama foi levada de volta para o
apartamento casa no início da noite.
Prisão domiciliar
A ex-primeira-dama do estado aguarda em seu
apartamento no Leblon o julgamento de recurso contra a decisão de voltar para a
cadeia em Bangu.
Nesta quarta-feira, a primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
Região (TRF-2) decidiu revogar a prisão domiciliar da mulher do ex-governador
Sérgio Cabral, mas a defesa tem 10 dias para apresentar os embargos
infringentes. Até lá, ela segue em casa.
Adriana Ancelmo é ré na Lava Jato, acusada de lavar dinheiro da
organização criminosa chefiada pelo marido. O Ministério Público Federal tinha
pedido a revogação da prisão domiciliar alegando que ela poderia destruir
provas e ocultar patrimônio ilícito.
Como não houve decisão unânime – foram 2 votos a 1 –, a lei estabelece
o prazo de 10 dias, após a publicação do acórdão, para a que defesa apresente
recurso. Se o placar tivesse sido 3 a 0 a favor da Procuradoria, Adriana
Ancelmo só poderia recorrer em tribunais superiores e teria que esperar o
julgamento do recurso na cadeia.
O advogado de Adriana Ancelmo, Luis Guilherme Vieira, disse que o
desembargador Abel Gomes chegou a determinar o cumprimento imediado da
revogação da prisão domiciliar, mas reconsiderou depois o pedido de cumprimento
imediato da decisão, devido à falta de unanimidade. A Justiça Federal nega que
tenha havido reconsideração e diz que a decisão desde o início incluía o prazo
da defesa.
"Estou aliviado porque, enfim, um erro do Tribunal foi corrigido
pelo desembargador. Hoje, havia sido pedida a execução imediata da decisão, o
que faria com que a Adriana tivesse que voltar hoje para a prisão. Mas isso não
pode ocorrer porque a defesa ainda tem 10 dias contados, a partir da publicação
do acórdão, para opor os embargos infringentes. Percebendo esse erro, o
desembargador voltou atrás", disse o advogado. Vieira ainda reforçou que
apresentará o recurso assim que houver a publicação.