segunda-feira, 27 de março de 2017

RENAN CALHEIROS

Coaf faz alerta para saques em dinheiro feitos por Renan Calheiros
Dinheiro pode ser pagamento de propina da Lava Jato, afirma PGR.
Inquérito investiga se ele recebeu R$ 800 mil em troca de ajuda a empresa
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, fez dois alertas sobre saques em dinheiro vivo feitos pelo senador Renan Calheiros, do PMDB. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o dinheiro pode ser resultado de pagamento de propina da Lava Jato.
Esses valores fazem parte de uma planilha do Ministério Público com base em dados do Coaf. Segundo esses dados, no dia 27 de dezembro de 2012, Renan Calheiros sacou R$ 100 mil em dinheiro vivo em uma agência do Banco do Brasil em Brasília. No dia 30 de dezembro de 2014, Renan Calheiros sacou novamente em dinheiro vivo outros R$ 200 mil numa agência do Banco do Brasil em Maceió.
Esse último saque foi feito dois meses depois da eleição pelo filho dele, Renan Filho, ao governo de Alagoas. Segundo os documentos necessários vieram uma conta da Agropecuária Alagoas, empresa que pertence ao senador.
Essas informações fazem parte de um inquérito que investiga se o senador Renan Calheiros recebeu R$ 800 mil em dações oficiais em troca de ajuda à empresa Serveng-Civilsan. Seria uma ajuda para que ela conseguisse um contrato com a Petrobras.
Esse fato foi relatado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
Renan foi denunciado pela contratação dessa empresa em dezembro de 2016, mas os saques não fazem parte dessa denúncia. Renan Calheiros tem negado responsabilidade nessas acusações de irregularidades. A TV Globo também apurou que esses saques estão sendo investigados de forma separada.
Em nota o senador Renan Calheiros disse que:

“Minhas contas são auditadas pela Receita desde 2007 e nunca foi encontrada qualquer irregularidade simplesmente porque não há nenhum centavo em minhas contas que não tenha origem lícita. Crime são esses vazamentos seletivos de dados sigilosos, que tentam dar ar de denúncia até mesmo para saques legais em minhas contas pessoais”.(Fonte: G1)