O ex-ministro dos governos Lula e Dilma Antonio Palocci contratou o advogado Adriano Bretas para negociar uma delação premiada com os investigadores da Lava Jato.

Como o blog revelou, Palocci passou a cogitar uma delação premiada há algumas semanas. O PT tentou, via emissários, tentar dissuadir o ex-ministro, mas ele tem sido aconselhado por advogados e familiares a colaborar para reduzir a sua pena.

Palocci, que foi ministro da Fazenda de Lula e da Casa Civil no governo Dilma, está preso desde 2016. 

Na semana passada, Palocci disse ao juiz Sergio Moro estar disposto a revelar nomes e operações, uma sinalização de que queria colaborar com a Lava Jato

O advogado de Palocci durante o processo, José Roberto Batochio, era contra uma delação. Ele também atua na defesa de Lula e Guido Mantega. 

Por meio de nota, Batochio disse desconhecer decisão de Palocci de firmar acordo de delação. "Até o presente momento o advogado José Roberto Batochio não foi comunicado de qualquer decisão do ex-ministro Antonio Palocci no sentido de celebrar acordo de delação premiada e nem da contratação de advogado para esse fim específico, uma vez que o escritório que defende o ex-ministro não aceita causas com delação premiada", diz o texto da nota.

O advogado Bretas também foi procurado, mas não quis comentar.