quarta-feira, 15 de agosto de 2018

O QUE DIZER DA PRÓXIMA CAMPANHA?

Brasil entra em contagem regressiva para a campanha mais incerta de sua história

Termina nesta quarta, e com a expectativa da inscrição do nome de Lula, o prazo para o registro de candidatos. Duas mulheres e 11 homens devem disputar a presidência

Tribunal Superior Eleitoral encerra nesta quarta-feira o prazo para a inscrição de candidatos às eleições gerais de outubro. Normalmente seria uma formalidade mais na enorme maquinaria eleitoral brasileira; o último passo antes de decretar, na quinta-feira, o início oficial da campanha à presidência do Brasil, todas as cadeiras da Câmara, dois terços do Senado e todos os governadores e deputados estaduais. Mas não há nada habitual nestas eleições, as mais imprevisíveis desde a redemocratização. E por isso até uma tarefa burocrática tão cinza vem carregada de intrigas e carregando o simbolismo do fim de uma era.
A jornada encerra a contagem regressiva para esta campanha, ansiada por muitos como encerramento do período mais turbulento da história recente do Brasil. O marco da turbulência depende de quem estejamos falando. No caso do ex-presidente e aspirante a candidato Luiz Inácio Lula da Silva, esta quarta poderia ser o dia mais esperado desde que terminou seu último mandato em 2010, considerado quase mais deus do que homem, com quase 90% de aprovação popular. Só tinha de aguardar dois mandatos, os de sua protegida Dilma Rousseff, para se candidatar de novo e aproveitar sua popularidade. Ocorre que além de seu PT ter sido ejetado do poder pelo impeachment em 2016, agora ele é um homem preso por corrupção, e a inscrição da candidatura, que promete ser feita em um grande ato em Brasília, pode ser seu último cartucho que lhe resta na cadeia.
O ex-presidente, à frente nas pesquisas há mais de dois anos e na prisão há quatro meses sem que isso tenha abalado significativamente as suas intenções de voto, deverá decidir se ousa apresentar seu nome como candidato, como garante o PT que fará. Tecnicamente a Lei da Ficha Limpa o impede –um candidato não pode ter sido condenado por corrupção em segunda instância como ele. O roteiro, então, deve ser que, uma vez candidato, o TSE o vete e, assim, tome seu lugar o número dois na chapa, Fernando Haddad.
Para além de Lula, o panorama não fica menos confuso. Até o fim do dia, 13 pessoas estarão inscritas, incluindo alguém do PT, para tentar ser presidente, mas não há nenhum outro candidato que desperte as mesmas paixões que o ex-mandatário e as pesquisas mostram que, sem ele, cresce o número de quem declara votos brancos e nulos. Quem mais se aproxima disso é Jair Bolsonaro (PSL), ex-militar de ultradireita, que defende a ditadura brasileira, a tortura e a ampliação do porte de armas. Isto lhe valeu, além de inúmeras comparações com o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, 17% das intenções de voto, número formidável nesse cenário. No entanto, Bolsonaro não conseguiu alianças entre os partidos tradicionais e circula principalmente nas redes sociais, às quais muitos brasileiros empobrecidos não têm acesso. Muitos cientistas políticos vaticinam que a campanha só pode enfraquecê-lo. Tem pouquíssimo tempo na televisão e tampouco aliados em Brasília para se fortalecer.
Algo semelhante acontece com Marina Silva, a líder ambientalista evangélica que se candidata pela terceira vez à presidência e que não está mal nas pesquisas (10% na última realizada pelo Datafolha), mas que pertence a um partido muito pequeno.

Alckmin, a aposta do establishment

O centro-direitista Geraldo Alckmin, não decolou nas pesquisas, mas é o preferido dos mercados e o que conseguiu atrair mais aliados - e, com isso, o valioso tempo na TV. Sua fraqueza: é a encarnação do establishment, que, como os problemas, os brasileiros procuram deixar para trás após quatro anos de sucessivos escândalos expostos pela Lava Jato envolvendo a classe política e que ajudaram a fazer de Michel Temer o presidente mais impopular da história.
Alckmin é a maior esperança dos investidores, sempre dispostos a pressionar as Bolsas quando um resultado eleitoral ou mesmo a pesquisa não lhes agradam, para realizar as reformas econômicas liberais que há anos são prometidas para tentar engatar a recuperação econômica, ainda lenta.
Quem quer que saia da campanha como vencedor estará à frente da maior economia da América Latina (2,2 trilhões de dólares, cerca de 8,51 trilhões de reais), mas também terá nas mãos um gigante que acaba de passar os piores quatro anos de sua história recente. Nessa espera pelas eleições, o Brasil se tornou uma potência sem liderança, na qual os salários caíram e cresceram os índices de violência –mais de 63.000 homicídios por ano, favelas em guerra constante– e o número de presos nas cadeias –725.000 pessoas, cifra superada apenas por dois outros países.
Numa situação tão esdrúxula, não falta quem avalie que nem a legitimação das urnas será capaz de devolver plenamente a normalidade ao país. Se a sombra de Lula se projetará com efeitos ainda difíceis de prever, não importa quão longe Bolsonaro chegar, ele provavelmente já terá deixado sua marca. Ele repete perigosamente não confiar no sistema de votação, por exemplo. Além desse manto de suspeita, a porcentagem de cidadãos que perderam o medo de expressar nostalgia da ditadura militar (1964-1984) já é considerado problemático. De fato, nas eleições que começam agora há uma centena de candidatos com passado e ideias militares. Um recorde até à data num país em que, no Latinobarômetro no ano passado, apenas 13% dos cidadãos disseram estarem à vontade com a democracia existente.

PSB DE SÃO JOSÉ DO EGITO EMITE NOTA NO BLOG DO NILL JUNIOR

JE: PSB diz que Zé Marcos usa notícia requentada para anunciar apoios a Armando. “Vamos vencer no 1º turno”

Publicado em Notícias por  em 15 de agosto de 2018
Prezado jornalista Nill Júnior,
Em resposta a matéria veiculada em seu respeitado blog sob o título “Depois de lideranças no Alto Pajeú, Zé Marcos vai buscar Luciano Duque para Armando” pelo qual foi citado o Prefeito de São José do Egito (Evandro Valadares – PSB), precisamos tecer alguns comentários:
1 – O “novo” aliado do candidato a governador Armando Monteiro (PTB), Zé Marcos de Lima (PR), ex-prefeito e ex-deputado, anunciado semana passada como coordenador da campanha do petebista na região, em alguns dias já anunciou “novas” adesões ao palanque da oposição no Estado e ainda críticas o seu adversário político em São José do Egito.
2 – De início é de notar que o rótulo de “novo aliado” não nos parece mais adequado, tendo em vista que na eleição de 2014 o próprio Zé Marcos fazia “corpo mole” no início da referida campanha de Paulo Câmara. Exemplo disso são os carros de som da sua propriedade, que rodavam com jingles do seu “atual” candidato, período esse em que Armando liderava as pesquisas. Todavia, perto da eleição, com retomada da liderança do pleito, confirmada pela vitória do PSB, o ex-gordo, como é carinhosamente chamado, “retornou” ao braços do Palácio. Em relação ao rótulo de “novo” aliado portanto, fica esclarecido como costuma agir, ao sabor dos ventos políticos.
3 – No que tange às “novas lideranças conquistadas” pelo novo Coordenador do PTB na região, temos que esclarecer que as mesmas são notícias “requentadas” com vistas a tentar um levante na fraca campanha do candidato a Governador em Pernambuco, vide pesquisa divulgada hoje, em especial no Sertão do Pajeú, tendo em vista que todos os “novos apoios” políticos ora anunciados já votam ou votaram em Armando.
4 – Fora anunciado, como novo apoio ao projeto petebista, o ex-prefeito de Santa Terezinha (Delson Lustosa – PTB) e que iriam buscar o apoio do prefeito de Serra Talhada (Luciano Duque – PT). Todavia, é sabido por todos, que os referidos políticos já não votam em Paulo Câmara. Um “deve” votar em Armando Monteiro. O segundo, pelo perfil, não deverá ser convencido por seu discurso anti Temer. Assim, Zé Marcos só diz ter conseguido adesões de quem já aderira a tempo sem, de fato, trazer um só fato novo ao processo.
5 – Nos próximos dias, visando como já dissemos, tentar levantar a fraca campanha do candidato opositor ao Governo do Estado, devem ser anunciados mais “novos apoios”, tais como as oposições de municípios de nossa região.
6 – Só a título de esclarecimento em 17 municípios da região o candidato Paulo Câmara tem doze prefeitos ao seu lado, enquanto Armando Monteiro apenas três.
7 – De acordo a própria imprensa estão com Paulo Câmara os prefeitos de São José do Egito, Brejinho, Itapetim, Santa Terezinha, Afogados da Ingazeira, Ingazeira, Quixaba, Iguaracy, Flores, Carnaíba,  Triunfo e Solidão e com Armando Monteiro apenas os prefeitos de Tuparetama, Tabira e Santa Cruz da Baixa Verde. Os demais ainda não anunciaram apoio ou ficarão neutros.
8 – Em momento algum, como foi difundido, a Frente Popular encontra-se parada, sem trabalhar. Muito vem sendo feito nos bastidores. Todavia, ainda não foi dada a largada por parte da Justiça Eleitoral. Por isso não existe campanha na região. É certo que após iniciada a campanha todos os prefeitos, vereadores, lideranças, militância e filiados devem cair em campo pra sacramentar a vitória em primeiro turno do governador Paulo Câmara.
9 – Em relação às críticas de Zé Marcos ao atual Prefeito de São José do Egito, Evandro Valadares e ao governador Paulo Câmara, o amigo Zé, por não residir há muito tempo em São José do Egito, nem na região, desconhece o que foi e está sendo feito pelo Governador em parceria com o Prefeito. Só para dar um exemplo, foi firmado um convênio de mais de R$ 2 milhões que tem recuperado a estrutura, atendimento e dignidade da saúde de São José do Egito, antes esquecida e abandonada pela gestão anterior, da qual Zé fazia parte, sem contar calçamentos em diversas ruas, obras hídricas, reformas de escolas, apoio ao homem do campo, grupamento dos Bombeiros, dentre outras conquistas.
10 – Em momento de grande dificuldade que passa o nosso país, muito está sendo feito em São José do Egito e nos municípios da região. Cada prefeito terá no momento adequado oportunidade de apresentar ao povo suas conquistas junto com Paulo Câmara.
11 – Por fim, quando iniciada a campanha eleitoral, sem fakenews, serão demonstrados todos os avanços em Pernambuco e na nossa região com o Governador Paulo Câmara, visando esclarecer à população e sacramentar mais uma vez, a vitória logo no primeiro turno. Quanto a Zé Marcos, infelizmente, hoje junto com a “Turma de Temer”, restará  mais uma vez, retornar aos braços do Palácio.

PSB de São José do Egito

O ADEUS A JOSÉ PIMENTEL

Velório na Assembleia: Pernambuco se despede do ator José Pimentel

Se no Plenário da Assembleia Legislativa a morte do ator e dramaturgo José Pimentel foi marcada, nesta terça (14), por um minuto de silêncio, no Museu Palácio Joaquim Nabuco, onde o corpo foi velado, o artista recebeu homenagens do público presente com uma intensa salva de palmas. Amigos, familiares e admiradores de Pimentel, que por 40 anos interpretou Jesus em espetáculos da Paixão de Cristo montados no Estado, destacaram uma vida dedicada às artes cênicas e o legado deixado por ele para a cultura de Pernambuco.
O ator faleceu na manhã desta terça, aos 84 anos. A morte foi provocada por um câncer de pâncreas descoberto após a internação em decorrência de um enfisema pulmonar. Ele deixa esposa, uma filha, uma neta e um bisneto. Às 8h desta quarta, o corpo será levado em um carro do Corpo de Bombeiros para o Cemitério de Santo Amaro. No local será realizada uma missa, e o sepultamento está previsto para as 10h.
Atendendo a um pedido feito por ele antes de falecer, o corpo foi velado com a vestimenta utilizada na interpretação de Jesus Cristo. De acordo com a filha, Lilian Pimentel, o ator pediu, ainda, que seu legado seja transmitido, com a continuidade da Paixão de Cristo do Recife e a criação de um teatro com o nome dele onde sejam oferecidos cursos gratuitos para a população. “O maior presente da minha vida foi ter um pai como ele. Ele deixa muita coisa não só para a família, mas para a cultura. O ‘Pernambuco das Paixões’ existe por sua causa. Tudo o que ele quis foi sempre para o povo. É um exemplo a ser seguido”, declarou.
A atriz e secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, exaltou o talento e a dedicação de Pimentel. “Ele foi diretor, fotógrafo, encenador, técnico de luz e som. Dominava a linguagem cênica. Agradeço a ele pelos grandes serviços que prestou até o fim”, disse.
“Pimentel foi um mestre do teatro, patrimônio vivo, e formou gerações no Estado. Vai ficar para sempre na memória do povo pernambucano”, emendou a presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Márcia Souto. Em nota de pesar, o governador Paulo Câmara declarou que “Pernambuco perde um dos seus maiores artistas, um verdadeiro ícone do nosso Estado, dono de uma enorme capacidade de trabalho, de entusiasmo e de paixão por tudo a que se dedicava”.
Para o ator Renato Phaelante, que trabalhou com José Pimentel em montagens da Paixão de Cristo em Nova Jerusalém e no Recife, os 50 anos de convivência foram marcados por muito aprendizado: “Ele era uma pessoa pura de coração, um guerreiro que não se sentia vencido nunca”.
Hemerson Moura, que o substituiu no papel de Jesus pela primeira vez no espetáculo do Recife, este ano, sentiu-se privilegiado por ter sido escolhido pelo próprio artista como sucessor. “Ele me ensinou a acreditar sempre e a trabalhar com honestidade e respeito”, expressou. O professor Fábio Soares Cardoso ressaltou, no velório, sua admiração pelo ator. “Sempre apoiei seu trabalho. Era uma pessoa que fazia teatro na rua, para o povo”, sublinhou

PAULO CÂMARA NA FRENTE DE ARMANDO MONTEIRO - A TENDÊNCIA É DE CRESCIMENTO

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Na primeira pesquisa de intenção de votos realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), divulgada em parceria com a Folha de Pernambuco nesta quarta-feira (15), o governador Paulo Câmara (PSB), candidato à reeleição, está na frente com 30%, liderando nominalmente a disputa. O senador Armando Monteiro Neto (PTB) surge em segundo lugar, com 24%, no limite da margem de erro, que é 3,5 pontos percentuais. Os demais nomes aparecem com percentuais distantes.
A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 13 de agosto, por telefone, ouvindo 800 pessoas, definindo cotas de sexo, idade, localidade, instrução e renda. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,45%. Como manda a lei, o levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números de protocolo BR-06973/2018 e PE-07336/2018 e fez a seguinte pergunta: “Se a eleição para Governador de Pernambuco fosse hoje e os candidatos fossem esses que vou ler, em quem o(a) Sr(a) votaria para Governador?”.
O ex-deputado federal Maurício Rands (PROS), que apresentou sua candidatura no final do prazo das convenções partidárias, apareceu na pesquisa estimulada com 4% das intenções de voto. Já a advogada Danielle Portela (PSOL) e o ex-prefeito de Petrolina Júlio Lóssio (Rede) pontuaram 3% cada. Simone Fontana, do PSTU, teve 2% das menções. Brancos, nulos ou “nenhum” representam 27% dos entrevistados. Já os indecisos ou os que não responderam aparecem com 8%.

QUEM É O JOÃO?

João Amoêdo (Novo) é chamado de “candidato do mercado financeiro”, mas discorda

O candidato do Partido Novo à Presidência da República, João Amoêdo, apresenta propostas bastante liberais para a economia do país e já tem sido chamado de “candidato do mercado financeiro”. O apelido divide opiniões.
“Eu concordo, apesar de acreditar que ele não é o único candidato que apresenta um viés mais favorável ao mercado”, diz Rodrigo Pinheiro Salvador, sócio do escritório Investiu da XP Investimentos.
Formado em Engenhara Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e administração pela Puc-Rio, Amoêdo tem uma trajetória profissional marcada por grandes bancos como o Citibank, Itaú-BBA e o Unibanco.
Ele nega, entretanto, a intenção de agradar ao mercado. “Nosso propósito genuinamente é privilegiar e ajudar grande parte da população brasileira a conseguir se desenvolver”, disse em entrevista ao Estado.
O plano econômico de Amoêdo está sendo formulado por Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central.

As ideias liberais

Apesar de não se considerar um representante do mercado, as propostas do candidato do Novo para a economia do país vão de encontro ao que o meio financeiro espera de um candidato, explica Rodrigo.
“Ele entende que o livre mercado é o melhor modelo para a retomada do crescimento. O indivíduo deve ser o principal gerador de riquezas, ou seja, ele defende um estado enxuto e com mais participação da iniciativa privada”, explica.
Entre as propostas liberais de Amoêdo para a economia do país, está a privatização das instituições públicas – em especial Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
“As estatais se transformaram no centro de corrupção. O melhor jeito de combater isso é deixá-las com a iniciativa privada”, afirmou em entrevista ao portal Metrópoles.
Além disso, Amoêdo defende a PEC do Teto de Gastos (241/55), que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, e afirma que uma reforma na Previdência é imprescindível.
Ele também se diz a favor do fim da desoneração de alguns setores da economia, mas reforça que “liberdade econômica e menos intervenção do Estado fazem com que as pessoas tenham facilidade maior para empreender”.
Em relação à reforma tributária, fala sobre uma simplificação dos tributos, especialmente os que incidem sobre o consumo.
“Este aceno para uma redução dos impostos e possível criação de um imposto único, que aglutine alguns de nossos principais impostos, é visto com muita simpatia pelo mercado”, diz o sócio da Investiu.
Amoêdo também é a favor de uma maior independência do presidente do Banco Central, melhorias na reforma trabalhista, redução dos gastos do governo e combate à impunidade em casos de corrupção

terça-feira, 14 de agosto de 2018

O QUE ESPERAR MAIS?

O que a presidência de Rosa Weber no TSE significa para a candidatura de Lula?

Ao tomar posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite desta terça-feira (14), a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), inaugura uma era mais rígida à frente da Corte. As mudanças no TSE podem complicar a cruzada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para retornar ao Planalto — ele tem até quarta (15) para registrar sua candidatura junto ao TSE.
Em cerimônia realizada esta noite no Plenário do TSE, em Brasília, além de Weber, os ministros Luís Roberto Barroso e Jorge Mussi serão empossados, respectivamente, nos cargos de vice-presidente e corregedor-geral eleitoral. Eleito para um mandato efetivo no tribunal, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, é outro a compor o quadro do colegiado.
Weber, que já era parte da Corte Eleitoral, assume no lugar de Luiz Fux. O ministro deixa o cargo após um mandato de seis meses como presidente, embora tenha passado quatro anos como integrante do tribunal. Como são previstas três vagas do STF para a composição do TSE, Fachin fica com a vaga aberta pela saída de Fux.
O novo colegiado terá como missão analisar a candidatura de Lula à Presidência da República, algo que pode não ser visto como bom presságio para o ex-presidente. Os três ministros da Suprema Corte (Weber, Barroso e Fachin) votaram contra a concessão de um habeas corpus, no STF, a favor do petista.
Embora os votos de Barroso e Fachin já fossem aguardados, conhecidos pelo rigor em seus respectivos posicionamentos, o entendimento de Weber foi um dos mais aguardados e decisivos durante a votação: como se manifestou contra a determinação de prisão em segunda instância, em 2016, havia a expectativa de que fosse favorável ao pedido de Lula. No entanto, ela seguiu o que foi determinado por lei e acompanhou o voto da maioria do tribunal.

Mas Lula pode se candidatar?

O ex-presidente não é impedido de registrar a candidatura, apesar da Lei da Ficha Limpa, desde que respeite o prazo-limite de 15 de agosto para tal. A partir daí, o TSE tem até o dia 17 de setembro para deferir, ou não, sua validez. Condenado em segunda instância pelo caso do tríplex do Guarujá, Lula cumpre pena desde abril em uma cela na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
O PT, inclusive, pretende realizar uma grande ação pública para o registro e convocou a militância para uma manifestação em frente à Corte. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou no último sábado (11) uma marcha até Brasília para acompanhar o ato. A expectativa do movimento é reunir ao menos 5 mil pessoas na capital.
No entanto, assim que fizer o registro, diversos órgãos devem realizar pedidos para impugnar a candidatura de Lula. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, já declarou publicamente que entrará com pedido contra o PT pelo fato de o ex-presidente ter sido condenado. A defesa petista argumenta, em contrapartida, que o processo ainda não chegou ao fim e que, portanto, a candidatura é válida.
O plano B do partido recai sobre o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciado inicialmente como vice de Lula; a chapa ainda conta com Manuela D’Ávila (PCdoB), que desistiu da própria candidatura à Presidência para apoiar o PT. Caso Lula seja indeferido, a sigla deve seguir com Haddad como candidato oficial e Manuela na vaga de vice.

O PODER DA MUDANÇA RADICAL

Foto de Kátia Abreu com Ciro vira meme nas redes sociais

A senadora Kátia Abreu (PDT), candidata à vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PDT), divulgou nesta segunda-feira (13) em seu perfil no Twitter a foto oficial de campanha. O que mais chamou a atenção foi o excesso de recursos de edição (photoshop) feitos pela equipe de comunicação.
Veja alguns memes que surgiram na internet: