segunda-feira, 27 de março de 2017

FGTS - O NOME LIMPO PARA MUITOS

Governo espera injetar R$ 43 bilhões na economia até julho com a liberação do saldo de contas inativas do FGTS. A maior parte do dinheiro está sendo usada para pagar dívidas.
As filas nas agências da Caixa Econômica Federal ficaram grandes. Em tempos de crise, qualquer dinheiro extra é bem-vindo, mas a pesquisa da FGV revela que o brasileiro está cauteloso. Não pretende sair gastando o FGTS.
Quarenta e um por cento dos entrevistados disseram que vão usar os recursos para quitar as dívidas. Vinte e quatro por cento vão guardar o montante na poupança. E apenas 9,6% deles vão gastar o dinheiro do Fundo comprando bens (5,5%) ou com lazer (4,1%).
O pagamento de impostos ficou entre as opções menos escolhidas (2,7%). E os outros vão usar os recursos para outras finalidades (10,6%) ou ainda não sabem para quê (11,9%).
Para os especialistas, era esperado que, diante do cenário de incerteza, o consumidor preferisse pagar as dívidas ou poupar o dinheiro, mas não na proporção que a pesquisa apontou. Agora, o aquecimento da economia que o governo pretendia estimular com a
liberação do Fundo não deve acontecer com tanta rapidez.
No Brasil, quase 60 milhões de consumidores estão com o nome sujo na praça. Essa semana 40 empresas entre operadoras de telefonia, bancos e lojas de varejo fazem uma força-tarefa para renegociar dívidas vencidas. Para isso montaram 20 mil postos de atendimento em todo país.
Com o dinheiro da conta inativa do FGTS, o consumidor ganha força na renegociação. As condições para quitar a dívida vencida melhoram e os descontos para pagamento à vista também. É uma boa oportunidade para tirar o nome da lista de maus pagadores.