Governo espera
injetar R$ 43 bilhões na economia até julho com a liberação do saldo de contas
inativas do FGTS.
A maior parte do dinheiro está sendo usada para pagar dívidas.
As filas nas
agências da Caixa Econômica Federal ficaram grandes. Em tempos de crise,
qualquer dinheiro extra é bem-vindo, mas a pesquisa da FGV revela que o
brasileiro está cauteloso. Não pretende sair gastando o FGTS.
Quarenta e um
por cento dos entrevistados disseram que vão usar os recursos para quitar as
dívidas. Vinte e quatro por cento vão guardar o montante na poupança. E apenas
9,6% deles vão gastar o dinheiro do Fundo comprando bens (5,5%) ou com lazer
(4,1%).
O pagamento de
impostos ficou entre as opções menos escolhidas (2,7%). E os outros vão usar os
recursos para outras finalidades (10,6%) ou ainda não sabem para quê (11,9%).
Para os
especialistas, era esperado que, diante do cenário de incerteza, o consumidor
preferisse pagar as dívidas ou poupar o dinheiro, mas não na proporção que a
pesquisa apontou. Agora, o aquecimento da economia que o governo pretendia
estimular com a
liberação do Fundo não deve acontecer com tanta rapidez.
liberação do Fundo não deve acontecer com tanta rapidez.
No Brasil,
quase 60 milhões de consumidores estão com o nome sujo na praça. Essa semana 40
empresas entre operadoras de telefonia, bancos e lojas de varejo fazem uma
força-tarefa para renegociar dívidas vencidas. Para isso montaram 20 mil postos
de atendimento em todo país.
Com o dinheiro
da conta inativa do FGTS, o consumidor ganha força na renegociação. As
condições para quitar a dívida vencida melhoram e os descontos para pagamento à
vista também. É uma boa oportunidade para tirar o nome da lista de maus
pagadores.