Raquel Dodge denuncia ministro do TSE em processo sobre suposta agressão à mulher
Mulher de Admar Gonzaga disse à polícia ter sido agredida pelo ministro, mas retirou queixa. Segundo advogado, caso é 'mal-entendido' e que, como não acessou denúncia, não irá se pronunciar.
Caberá ao ministro Celso de Mello analisar a denúncia. Em 28 de junho, ele pediu à PGR que se manifestasse sobre o episódio.
O conteúdo da denúncia não está disponível no andamento processual,
portanto, não é possível saber por qual crime o ministro do TSE foi
denunciado.
Procurado, o advogado de Admar Gonzaga, Pedro Machado, declarou que o
fato "é um grande mal-entendido", acrescentando que "algumas matérias
sensacionalistas que saíram na imprensa têm prejudicado a vida do
casal".
Machado disse, ainda, não ter tido acesso à denúncia e, por isso, não
teria como comentar a peça do Ministério Público Federal.
O G1 buscava contato com a PGR para obter detalhes da denúncia até a última atualização desta reportagem.(Fonte: G1)
Relembre o caso
Em 23 de junho deste ano, Élida Souza Matos disse em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal ter sido xingada e agredida no rosto pelo ministro durante uma discussão entre eles.
À época, ela procurou a polícia para prestar queixa e pedir proteção após uma briga entre os dois.
No depoimento, Élida afirmou que Admar Gonzaga arremessou um enxaguante
bucal no rosto dela e depois a empurrou com a mão. A polícia registrou
que o olho da mulher do ministro apresentava lesões de inchaço e
rouxidão.
Após a repercussão do caso, Élida fez uma retratação à polícia no mesmo dia em que registrou a denúncia.
Ela afirmou que já havia se reconciliado com o ministro, explicando que
a briga se deu por ciúmes e que tudo não passou de uma discussão de
casal, já superada.
Mas, conforme a Lei Maria da Penha, a renúncia à representação só é
admitida perante o juiz, em audiência especialmente designada com essa
finalidade, antes do recebimento da denúncia e após o Ministério Público ser ouvido.