Janot volta a pedir prisões preventivas de Aécio e Rocha Loures
Procurador-geral da República
pede que o ministro do STF Edson Fachin reconsidere sua decisão e, caso não o
faça, que o plenário analise as prisões
Por João Pedroso de Campos (Fonte:
VEJA)
O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, que reconsidere sua decisão tomada
monocraticamente na semana passada e determine as prisões preventivas do
senador Aécio Neves (PSDB-MG)
e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). A solicitação de Janot foi
feita por meio de agravo regimental. Assim, caso Fachin não volte atrás, os
pedidos de prisão devem ser apreciados pelo plenário do STF.
Aécio e Rocha
Loures estão afastados de seus mandatos parlamentares por ordem de Fachin.
Figuras centrais das delações premiadas dos executivos da JBS, o tucano e o
peemedebista foram os principais alvos da Operação Patmos,
deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira da semana passada.
Ao justificar os novos pedidos de prisão contra o
peemedebista e o tucano, o procurador-geral da República acusou ambos de “uso
espúrio do poder político” ao adotarem “estratégias de obstrução de
investigações da ‘Operação Lava Jato'”. Em ambos os casos, Janot defende que os
supostos crimes são cometidos em flagrante por crime inafiançável, único caso
em que a Constituição permite a prisão de parlamentares.
No caso de Rocha Loures, o PGR afirma que isso se dá
“especialmente em relação ao fato de que concorre para a compra do
silêncio de Lúcio Bolonha Funaro e Eduardo Cunha”. Em relação a Aécio, a
obstrução se daria “seja por meio de alterações legislativas para anistiar
ilícitos ou restringir apurações, seja mediante interferência indevida nos
trabalhos da Polícia Federal, seja através da criação de obstáculos a acordos
de colaboração premiada relacionados ao caso”.