Indignado ao ser citado em delação, governador Paulo Câmara diz 'viver
do salário de servidor público'
Prefeito do
Recife, Geraldo Julio classificou, nesta segunda (22), a denúncia de propina
feita pelo delator Ricardo Saud, diretor da J&F, como sendo 'absurda e
inaceitável'.
Depois de serem citados em uma denúncia de
recebimento de propina em nome do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos,
o governador do estado, Paulo Câmara (PSB), e o prefeito do Recife, Geraldo
Julio (PSB), alegaram que as informações ditas pelo diretor da holding J&F,
empresa controladora do frigorífico JBS, Ricardo Saud, durante delação no dia 5
de maio, são inverídicas, “absurdas e inaceitáveis”. As declarações dos chefes
dos Executivos estadual e municipal foram dadas nesta segunda-feira (22), no
Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, durante o
anúncio de retomada das obras do Centro Esportivo Santos Dumont.
Paulo Câmara afirmou estar indignado com as acusações, mas afirma ter
convicção do tom inverídico das denúncias. "Tenho certeza de que os fatos
que estão sendo denunciados não vão prosperar. Sou um servidor público, vivo do
meu salário e só tenho dois patrimônios. A minha família e o meu nome",
salientou.
O governador confirmou os encontros com executivos da JBS, mas negou a
negociação de doações ilegais à campanha de Campos. “Tive um encontro com
diretores da JBS e solicitei apoio à campanha, mas não veio. Isso fazia parte
da forma de arrecadar recursos, era permitido por lei e foi feito por todos os
candidatos. Nem a minha campanha ao governo de Pernambuco nem o PSB estadual
receberam nenhum centavo desta empresa [JBS]. As doações foram feitas ao PSB
nacional e está tudo registrado", frisou. (Fonte: G1 PE)