terça-feira, 24 de abril de 2018

OS (MAIS) CORRUPTOS

PP é o partido com o maior número de deputados investigados no STF.

Com a quarta maior bancada na Casa, o PP lidera em número de parlamentares investigados no Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 46 deputados em exercício, pelo menos 27 integrantes da legenda de Paulo Maluf (PP-SP) respondem a ações penais ou inquéritos, inclusive o ex-prefeito paulistano. Nessa situação estão o novo líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB); e o líder da bancada, Arthur de Lira (PP-AL), já denunciado ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro.
O PT, dos ex-presidentes Lula e Dilma, aparece logo na segunda posição com 19 deputados sob investigação. Entre os investigados está o ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS). Relator da CPI mista da Petrobras em 2014, ele responde a inquérito que apura sua atuação em um esquema para impedir convocações de empreiteiros na CPI da Petrobras. Lula, por não ter foro privilegiado, é investigado na primeira instância, onde já é réu em cinco denúncias em três operações diferentes.
Em seguida, entre as legendas com mais deputados que respondem por ações penais ou inquéritos no STF está o PMDB do presidente Michel Temer, com 18 deputados investigados. Três deles se encontram licenciados do mandato. Embora não haja investigação em andamento contra o presidente, ele aparece entre os políticos citados como beneficiários de doações de empreiteiras em delações da Odebrecht.
O PR aparece em quarto lugar, com 15 nomes. Na sequência vêm o PSD, com 13 integrantes da Câmara sob investigação, e o PSDB, também com 13. O PTB, PDT, PSB, SD, PRB, PSC, DEM, PTN, PTdoB, PSL, PPS e PCdoB surgem na sequência como bancadas com mais parlamentares acusados de crimes. (Fonte: Congresso em Foco)
Em Pernambuco, não é diferente.
(Foto: Beto Oliveira) - A Polícia Federal realizou, na manhã desta terça-feira (24), uma operação no Congresso Nacional, que teve como alvos o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI). Também houve um mandato de prisão contra o ex-deputado Márcio Junqueira, de Roraima. A procuradoria afirmou que as buscas ocorreram, além de Brasília, em Teresina, Recife e Boa Vista. 
Na nova fase da Lava Jato, o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), aponta a necessidade de obter provas referentes aos crimes de embaraço à investigação de organização criminosa. De acordo com investigadores, Da Fonte e Nogueira são suspeitos de comprar o silêncio de um ex-assessor do senador que tem contribuído com a Justiça. Ele teria detalhado que recebia pagamento em espécie do ex-deputado Márcio Junqueira. Mas, pela sua colaboração com a Lava Jato, o ex-assessor teria recebido ameaças e chegou a ser incluído no programa de proteção à testemunha. (Folha de Pernambuco)