Minha experiência com
segurança foi ter sido assaltado, diz ministro
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O novo
ministro da Justiça, Torquato Jardim, reconheceu que tem pouca familiaridade
com o tema da segurança pública, que também faz parte das responsabilidades da
pasta que assumiu a partir desta quarta-feira (31).
Segundo ele, sua única
experiência com o assunto foi já ter sido assaltado. Ele acrescentou, no
entanto, que irá estudar o tema a partir de agora e disse que ninguém chega na
pasta "conhecendo tudo".
Com o aumento dos episódios
de violência no país, o presidente modificou em fevereiro o nome da pasta para
"Ministério da Justiça e da Segurança Pública", na tentativa de
demonstrar que o tema é uma prioridade de seu mandato.
"A minha experiência
com segurança pública foi ter duas tias e eu próprio assaltados. Em Brasília e
no Rio de Janeiro. Quanto aos mais, eu vou estudar. A pasta é muito grande,
você conhece o organograma do Ministério da Justiça, ninguém chega lá
conhecendo tudo", disse.
A segurança pública era
justamente uma das principais críticas feitas à gestão do antecessor do novo
ministro, o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Para assessores e
auxiliares presidenciais, ele tinha "pouco pulso" para enfrentar o
aumento da violência no país e vinha propondo poucas iniciativas para o caso do
Rio de Janeiro.
Em entrevista à imprensa, Torquato também disse que pretende enfrentar
"imediatamente" a questão da demarcação das terras indígenas. Segundo
ele, é um tema de "repercussão internacional" que tem de ser tratado
"o mais rápido possível".
"Eu defendo o que está
na lei e preciso estudá-la, porque ela não terá uma só interpretação. O
compromisso é claro de resolver isso em posição de dignidade humana",
disse.
No início deste mês, Serraglio havia anunciado a intenção
de fazer uma espécie de mutirão para agilizar processos parados de demarcação
de terras.