No 1º dia de trabalho do Congresso após
o terremoto provocado pela delação da JBS, o governo conseguiu avanços: aprovou
na Câmara a medida provisória que autoriza os saques das contas inativas do
FGTS e levou a reforma trabalhista para discussões em uma comissão no Senado. A
oposição, porém, deu trabalho. Protestou, fez barulho e tentou travar o ritmo
das discussões. No Senado, o clima tenso quase descambou para a pancadaria:
parlamentares trocaram gritos, empurrões e tiveram que ser apartados. Foi uma
amostra de como devem ser os próximos dias.
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Foi retirada da pauta da
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de ontem a PEC que
autoriza eleições diretas em caso de vacância da presidência da república,
até 6 meses antes do fim do mandato. Atualmente, a Constituição prevê que a
eleição seja indireta caso o país fique sem presidente, menos de dois anos
antes do término do mandato.
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No fim da noite, os deputados
aprovaram na íntegra a medida provisória editada pelo
governo que autoriza os saques das contas inativas do FGTS. Agora, a MP precisa
passar pelo Senado para não perder a validade. Caso contrário, pode prejudicar
os trabalhadores
nascidos entre setembro e dezembro e que ainda não tiveram
os saques liberados.
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Durante a sessão na Câmara, rolou
protesto e um 'Fora Temer', com gritos e faixa estendida no
Plenário. Mas a tentativa da oposição de travar a discussão ficou longe do bate-boca de
mais cedo na apresentação da Reforma Trabalhista, que avançou no
Senado mesmo sem a
leitura do relatório.
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Ainda no Senado, foi aprovada a mudança em
áreas de florestas no Pará e em Santa Catarina e a MP segue
para sanção de Temer.
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Hoje, a Câmara pode colocar
em votação mais MPs, entre elas uma que prevê reajustes para carreiras de
servidores federais. No Senado, a Comissão de Constituição e Justiça pode
analisar um projeto que altera a lei do direito de resposta. (Fonte: G1)