O
Delegado Ubiratan Rocha disse em entrevista ao Debate das Dez da Rádio Pajeú
que discorda radical e frontalmente da Portaria 2497, assinada em 24/05/2017
pelo Secretário de Defesa Social Antonio Gioia, que om transferiu da Delegacia
de São José do Egito para Sertânia, no Moxotó. O Delegado procurou o programa
para externar sua insatisfação.
Segundo Rocha, a decisão teria sido fruto da “condução
arbitrária e autoritária” do Delegado Regional Jorge Damasceno. A portaria
define como motivação para a saída de Ubiratan a necessidade de “promover o
relacionamento e parceria entre as corporações de segurança pública”. Diz ainda
que “o comportamento da referida autoridade policial estás comprometendo a
disciplina e causando transtorno à gestão, o que deste modo inviabiliza a
permanência nesta região”.
Diz o Delegado que a portaria o atinge moralmente e que
lutará até o fim para defender seu nome e atuação na Polícia Civil. Ele
confirmou que ingressará com Mandado de segurança parta reverter a decisão, bem
como ingressará com pedido de indenização por danos morais. Na versão por ele
apresentada, a questão teria relação com uma determinação para que qualquer
conduzido à Delegacia de São José do Egito fizesse antes exame traumatológico.
“É um procedimento de praxe por exemplo para que se ingresse à cadeia”,
justificou.
A decisão teria gerado insatisfação do Regional, que teria
passado a pressioná-lo para reverter a determinação. “A partir daí ele chegou a
dizer que eu o proibi de usar as dependências da Delegacia o que não é
verdade”. Dia 19 de abril – afirma o Delegado – uma reunião com o Diretor da
Dinter II José Rivelino e o Regional Damasceno tentou demovê-lo da decisão.
“Não voltei atrás. Desde 19 de abril soube eu seria transferido”. Afirmou ter
apoio dos colegas. “Vários não querem assumir a Delegacia pela distância ou
porque me apoiam. Há 40 dias ninguém quer assumir. Nos apoiam mas não falam com
medo do militarismo”.
O Delegado defendeu sua atuação a frente da Delegacia. “São
José não tem homicídios há um ano e dois meses. Dos 15 homicídios este ano,
nenhum foi na cidade. Passei a integrar uma força tarefa de combate a assaltos
a bancos no Estado. O Coordenador pediu nossa permanência mesmo depois da
transferência”. Ele também falou de Operações que coordenou como “Ades”,
“Mercúrio” e “Pombo Correio”. E disse que nas passagens por Tabira e Afogados,
assim como quando assumiu internamente a regional, teve apoio dos colegas,
agentes e escrivães.
Ubiratan afirmou que outros dois colegas, os Delegados Edson
Augusto e Paulo Andrade também teria sido transferidos por perseguição.
Ele questionou a falta de informações como a Comunicação
Interna (CI) que teria motivado seu afastamento. “Até agora não recebi nem CI
de transferência. A portaria o Dr Jorge guardou no gabinete. Agiu de forma
arbitrária, autoritária como conduz a seccional”.
A Associação de Delegados de Polícia do Estado de
Pernambuco (ADEPPE) foi comunicada segundo o Delegado. “Já temos documentos
para ingressar com Mandado de Segurança. Falta ter ciência da CI, essencial
para meu direito de defesa”.
O Delegado afirmou não ter problemas com Sertânia, para onde
foi transferido. “A questão é a forma. Desde fevereiro eu costurava ida para
Petrolina, porque minha esposa iria para Policia Científica. Assumiria o
DEPATRI. Em meio a essa questão fui consultado sobre antecipar minha ida. Mas agora
não quero ir”, afirmou. (Copiado do: toligadosaojosedoegito.net - Origem: Blog do nilljunior)
Nill Júnior